MoveNews/CINAU
O movimento nas oficinas nas três últimas semanas de dezembro, medido pelo PULSO DO AFTERMARKET, confirmou o fechamento do ano com um excelente nível de crescimento do mercado de reposição de autopeças das linhas leve e comercial leve. Por outro lado, a equipe da CINAU alerta que este crescimento é um dado “geral” para o mercado, que acontece com percentuais diferentes a depender da linha de produtos.
Média de passagens nas oficinas, medida pela CINAU em 14 estados que abrigam aproximadamente 90,96% da frota circulante no País
Nesta edição trazemos o 21º relatório mensal do PULSO DO AFTERMARKET. Nossos indicadores se tornaram fonte de consulta indispensável para os executivos do segmento de aftermarket, que encontram nestes dados uma base segura para a tomada de decisões em relação ao mercado de reposição de autopeças e lubrificantes da linha leve e comercial leve. Aqueles que acompanham nossas edições mensais já estavam cientes de que apesar dos efeitos devastadores da pandemia na economia do Planeta, o segmento de aftermarket automotivo brasileiro foi muito beneficiado e a prova disso é a consolidação no indicador PULSO DO AFTERMARKET com um crescimento de 12,08% como é possível verificar no tradicional gráfico acima.
Um crescimento específico para cada linha
Quando a CINAU, por meio do PULSO DO AFTERMARKET, apresenta este indicador com o crescimento de 12,08% é importante registrar que esta medida é “geral” e refere-se a um aumento de passagens (serviços) nas oficinas, que somados aos indicadores “qualitativos”, evidenciados no próximo bloco desta matéria, nos dão segurança para dizer que a demanda de autopeças e lubrificantes como um todo cresceu 12,08 % em 2021. Este crescimento diz respeito especificamente à demanda de peças “técnicas” e lubrificantes (consumidos nas oficinas), e não tem relação com o “faturamento” (giro financeiro) do setor, que também cresceu muito, inclusive por causa da inflação, mas este levantamento não é foco (ainda) do pacote de indicadores do PULSO DO AFTERMARKET.
Por outro lado, este crescimento geral de 12,08% da demanda de autopeças não pode ser aplicado a todas as linhas de produtos. Por exemplo, o crescimento da demanda de amortecedores foi diferente do consumo de bombas d ́água, que foi diferente de sondas lambda e assim por diante.
Estes crescimentos diversos por linha de produtos se explicam pelo “ciclo anual de trocas” que está ligada à vida útil do componente e estudos específicos para até 46 linhas de produtos são desenvolvidos pela CINAU para aqueles que tiverem interesse em dimensionar o crescimento real de sua participação de mercado em linhas definidas de produtos.
Impactos do Coronavírus na Indústria da Reparação Automotiva
Estes estudos customizados são realizados pela CINAU e fazem parte dos serviços inéditos de CONSULTORIA do Grupo Oficina Brasil dentro do conceito registrado “DDC” – Demand Driven Company. Caso você tenha interesse em conhecer estes serviços é só entrar em contato pelo e-mail cinau@oficinabrasil.com.br.
O foco deste serviço de CONSULTORIA é auxiliar as empresas atuantes no mercado de reposição a fortalecerem suas áreas de BI – Business Intelligence, que ao nosso ver em um futuro muito breve se sobreporão às áreas de marketing e comercial nas empresas que atuam no aftermarket.
No entendimento da equipe da CINAU, as empresas que operaram no mercado de reposição, para crescerem com rentabilidade, deverão olhar o mercado “de baixo para cima” ou seja focar também suas informações a partir do ambiente onde nasce a demanda de autopeças, ou seja na oficina mecânica. O importante é que hoje já existem as ferramentas para que uma empresa coloque esta teoria na prática e o próprio PULSO DO AFTERMARKET é uma prova disso.
Outro diferencial de nossa CONSULTORIA é a exclusiva ferramenta DSIC – Diagnóstico Solução Implementação e Comprovação, que permite mensurar resultados, afinal só o Grupo Oficina Brasil possui contato direto com mais de 53 mil oficinas ultra qualificadas e que representam mais de 75% do mercado de reposição de linha leve e comercial leve.
Além do movimento
Como é tradicional a cada edição do PULSO DO AFTERMARKET agora é a hora de juntarmos as informações “qualitativas” que ajudam a compor o quadro completo do desempenho do setor e como fazemos a cada edição do PULSO, por meio de uma “survey”, que ouviu 235 oficinas, em âmbito nacional, entre os dias 27 de dezembro a 4 de janeiro.
Na análise da survey o que chama atenção imediatamente e nos causa um pequeno alívio diz respeito à percepção de falta de peças que cai para 58%, o que é um bom sinal num mês complicado como dezembro.
Nossa expectativa, assim como de todo o mercado é que este indicador caía continuamente nos próximos meses e volte ao patamar pré-pandemia na faixa dos 20%, ainda que a tendência natural deste indicador seja crescer por uma razão muito simples: a diversidade da frota e o crescimento exponencial de SKUs.
Agora é acompanhar o PULSO para saber quando efetivamente o fantasma do desabastecimento será totalmente afastado, o que esperamos aconteça ainda no primeiro trimestre de 2022. Resultado da falta de peças nos fornecedores tradicionais é que o reparador continua recorrendo forte à internet, mas aí acontecem “problemas”, tanto que 83% dos entrevistados que afirmam estarem recorrendo à internet (68%) declararam que assim que os fornecedores tradicionais voltarem a dispor dos produtos vão abandonar o meio digital.
Um ponto que merece esclarecimento em função de questionamentos recebidos pela equipe da CINAU diz respeito ao elevado índice de “compras erradas” na internet e neste sentido esclarecemos que este indicador parte de uma pergunta na survey com o seguinte enunciado: “você comprou peças erradas na internet?” assim 60% responderam que sim, mas este dado não significa o percentual total de peças devolvidas, mas de “experiências” com compras erradas, o que é diferente.
Como a CINAU já fazia este levantamento em tempos pré-pandemia e referente às compras nos fornecedores tradicionais e o patamar de “sim” para esta pergunta com o mesmo teor girava em torno de 18%, a depender do canal, diante deste parâmetro entendemos como muito elevado o indicador de 60%. Porém reforçamos que este índice não equivale ao de peças devolvidas.
De nossa parte iniciamos o ano de 2022 muito otimistas, sentimento este amparado no ambiente geral que deverá continuar favorecendo a reposição, mesmo diante de todas as incertezas de um “ano de eleições”, variantes infindáveis do COVID, etc.
De qualquer forma este é o momento de projetar suas metas de vendas na reposição, sua participação de mercado, etc. e neste sentido conte com a CONSULTORIA do Grupo Oficina Brasil, pois a demanda de seus produtos na reposição nasce na oficina, assim nada melhor do que amparar suas projeções em dados de quem estuda há mais de 30 anos os hábitos de compra do principal “shopper” do mercado de reposição de autopeças. (MoveNews/CINAU)