Fiat volta ao topo e, com SUVs, quer mais em 2022

AutoIndústria/Estúdio AI/Informe Publicitário

 

Os 45 anos da Fiat no Brasil não poderiam ter culminado da melhor forma. Computados os licenciamentos de dezembro, a marca italiana, oficialmente, se consagrou novamente a líder de vendas do mercado interno de automóveis e comerciais leves, após seis anos.

 

A Fiat vendeu 431.035 veículos em 2021, participação de 21,83%, com uma sólida vantagem de mais de 6 pontos porcentuais para a segunda colocada, quase 129 mil licenciamentos a mais. Enquanto o setor registrou crescimento de vendas de somente 1,2% sobre 2020, a Fiat evoluiu trinta vezes mais, 34%, e saiu da terceira colocação dos três anteriores diretamente para a ponta.

 

Desde 2015 a marca não ocupava o lugar mais alto no ranking das mais vendidas. Naquele ano, fatia de 17,7% — com forte colaboração do Palio, então seu carro mais vendido, e do Uno, que deixou de ser fabricado em dezembro passado, após 37 anos —, encerraria um longo período de 11 anos consecutivos da Fiat à frente do mercado brasileiro, hegemonia iniciada em 2005.

 

Nesse período, cravou seu recorde histórico de vendas no País — trajetória iniciada em 1976, quando da recém-inaugurada fábrica de Betim, MG, começaram a sair as primeiras unidades do compacto 147. Em 2012, negociou nada menos do que 838,2 mil veículos, equivalentes a 23% dos mais de 3,6 milhões de automóveis e comerciais leves vendidos no País, também a melhor marca registrada pelo setor em sete décadas de produção local.

 

Além de praticamente repetir a participação alcançada naquele ano, em 2021 a Fiat repetiu o feito de ter quatro representantes entre os dez veículos mais vendidos. Mas foi além, com a Strada em primeiro lugar, ao ultrapassar 109,1 mil unidades comercializadas.  Argo, com 84,6 mil licenciamentos, Toro, 70,9 mil, e Mobi, com 65,8 mil emplacamentos completaram o quarteto.

 

Foi a primeira vez que uma picape liderou o mercado interno em toda a história da indústria automobilística nacional, mais um feito da Fiat, que, dentre muitas outros, foi a primeira a apresentar o conceito família de veículos com o 147 e seus derivados, lançar um veículo a álcool, em 1979, colocar nas ruas em 1990 o primeiro carro 1.0, o Mille, dispor de picape pequena de quatro portas e criar segmentos, ao lançar a Toro.

 

Os comerciais leves, aliás, sempre tiveram enorme relevância nos emplacamentos da Fiat e não foi diferente no ano passado. A marca liderou o segmento com nada menos do 49% do total das vendas. Ou seja, sozinha, a marca vendeu praticamente o mesmo do que todas as concorrentes somadas. Considerando o desempenho comercial de Strada, Toro — a segunda picape mais vendida do Brasil — e dos furgões Doblò, Fiorino e Ducato, a  marca negociou 204.492 utilitários.

 

A Strada deteve 79% dos emplacamentos de picapes compactas, enquanto a Toro, que no começo de 2021 ganhou mais tecnologia embarcada, novo desenho e o reforço do motor 1.3 turbo 270 Flex, respondeu por um terço do segmento de picapes grandes e que conta com outros dez modelos, segundo classificação da Fenabrave, Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores.

 

A força da Fiat pode ser mensurada ainda por outro parâmetro. Novamente de acordo com levantamento da entidade que congrega as concessionárias, das nove categorias em que esteve presente com ao menos um automóvel ou comercial leve, a Fiat liderou três e esteve na segunda posição em outros quatro.

 

Com SUVs, um outro patamar

 

O ano passado foi marcado ainda por uma novidade que terá impacto sobretudo nos negócios de 2022. Em outubro, chegou às revendas o Pulse, primeiro utilitário esportivo da marca totalmente desenvolvido no Brasil.

 

O segmento é o de maior volume de vendas do mercado brasileiro, responsável por mais de um terço de todos os licenciamentos de veículos ou mais de 40% dos de automóveis. A Fiat, portanto, chegou ao topo do mercado com um representante no maior filão de vendas durante somente o último bimestre do ano.

 

Aonde poderá chegar em 2022, quando o Pulse terá seu primeiro ano cheio de vendas e a Stellantis ainda tem programado o lançamento de um segundo SUV Fiat, maior e que, assim como o próprio Pulse, deve resultar em vendas quase que totalmente adicionais para a marca?

 

A resposta, ainda incerta, vem precedida pela certeza de que esses dois novos produtos representarão desafio bem maior para que a concorrência volte a ameaçar a liderança de vendas da Fiat.

 

Até porque eles fazem parte de um plano estratégico deflagrado em 2018 e que visava, inicialmente, a recuperação dos volumes de vendas e fatia bem mais relevante do que os 13,1% alcançados naquele ano — a menor em mais de uma década —, mas que a partir de agora buscará sustentar as conquistas de 2020 e manter a curva ascendente dos últimos três anos.

 

Herlander Zola

 

Para isso, recorda Herlander Zola, diretor da marca Fiat na América do Sul e Operações Comerciais Brasil, foi preciso não só renovar boa parte da linha de produtos e das tecnologias disponíveis — foram lançados ainda os motores turbos, uma nova transmissão automática e o 500e, seu primeiro carro elétrico para o Brasil — mas também, simultaneamente, resgatar ou realçar os valores que sempre foram reconhecidos pelo consumidor brasileiro.

 

Em várias frentes, foram desenvolvidas ações que assegurassem maior proximidade com o cliente. Desde a reformulação dos padrões visuais e de atendimento da rede de mais de 500 concessionárias, o desenvolvimento de canais digitais de comunicação e atendimento e até uma nova comunicação visual nos veículos, inaugurada pela Nova Strada em 2020.

 

Imagem renovada

 

Hugo Domingues, gerente do Brand Fiat para a América Latina, acrescenta: “Foi preciso rever toda a jornada do consumidor, mapeando os pontos de contato dele com a Fiat e promover um reposicionamento completo da marca, transmitindo uma mensagem contínua e consistente para ser digna de sua confiança”.

 

“O novo momento da Fiat se caracteriza por um modelo de negócios que tem o cliente como centro de tudo o que a empresa faz. A Fiat sempre esteve no coração do brasileiro, mas sentimos que era necessário torná-la mais quente, mais próxima e antenada nas tendências do momento”, completa Zola.

 

Além do salto nas vendas, índice de satisfação do cliente em ascensão e da consequente liderança de mercado, a assertividade dessas medidas pode ser mensurada ainda pelos muitos prêmios que os produtos e a própria empresa conquistaram em 2021.

 

O Pulse, por exemplo, foi eleito o Carro do Ano pela Autoesporte, o mais antigo e tradicional prêmio da imprensa automotiva brasileira, conquistou as categorias Destaque e SUV Compacto do UOL Carros, a categoria Melhor Utilitário Esportivo Nacional até R$ 135.999 e o Melhor Carro do Ano Top Car TV 2021. Além disso, levou o Prêmio Design MCB, dentre outras premiações.

 

Já a Toro foi eleita a melhor picape nas premiações do UOL Carros, Top Car TV, Revista Car e Abiauto, enquanto a Nova Strada venceu o Prêmio Visão Agro Brasil e o Trend Cars. Também foi eleita o “Vehículo Comercial del Año” pela PIA, Periodistas de la Industria Automotriz, na Argentina.

 

A própria marca acabou agraciada com vários reconhecimentos, como tendência automotiva pelo Trend Cars e a melhor montadora pelo UOL Carros. Pelo relacionamento com o consumidor, foi destaque no ranking Melhores Empresas em Satisfação do Cliente, do Instituto Mesc, na categoria de Montadoras de Veículos e entre as 100 melhores empresas neste quesito no Brasil.

 

“Definitivamente o consumidor percebeu o maior valor que os nossos carros passaram a oferecer. Ele agora está diante de uma nova Fiat”, comemora Herlander Zola. (AutoIndústria/Estúdio AI/Informe Publicitário)