O Estado de S. Paulo
Depois do resultado modesto do ano passado – alta de 3% –, a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) espera por um ritmo de crescimento não muito diferente em 2022. As previsões iniciais da entidade divulgadas ontem apontam para um crescimento de 4,6% das vendas de veículos neste ano.
Se confirmado o prognóstico, o setor chegará ao fim de dezembro acumulando 2,22 milhões de emplacamentos, entre carros de passeio, utilitários leves, caminhões e ônibus. O resultado não é o suficiente, no entanto, para o mercado voltar ao nível de antes da pandemia, pois em 2019, as vendas somaram 2,79 milhões de unidades.
Por segmento, a Fenabrave prevê avanço de 4,4% das vendas de automóveis e utilitários leves, como picapes e vans, enquanto a previsão ao mercado de caminhões é de crescimento maior: 7,3%. Já em relação às vendas de ônibus, a tendência apontada pela entidade é de crescimento de 8%.
Alta modesta
Balanço divulgado pela Fenabrave apontou que 2021 terminou com crescimento modesto de 3% nas vendas de veículos novos no País. Entre carros de passeio, utilitários leves, caminhões e ônibus, 2,12 milhões de unidades foram emplacadas no ano passado.
A reação do setor em dezembro, o melhor mês do ano, contribuiu para 2021 fechar com algum avanço sobre o ano anterior, no qual a indústria sentiu o impacto pesado da chegada da pandemia ao País.
Ainda assim, nos últimos 15 anos, o volume só ficou acima dos pouco mais de 2 milhões de veículos vendidos tanto em 2020 quanto em 2016, ano de recessão econômica doméstica, mantendo-se distante do nível de antes da crise sanitária. Em 2019, o mercado fez quase 700 mil veículos a mais.
Chips
Sem peças nas linhas de montagem por motivos que vão desde gargalos logísticos até, principalmente, escassez global de componentes eletrônicos, as montadoras foram obrigadas a reduzir o ritmo ou parar a produção. Nas contas da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), 300 mil veículos deixaram de ser produzidos.
Vendas de veículos novos cresceram 3% em 2021, com 2,12 milhões de unidades emplacadas. (O Estado de S. Paulo/Eduardo Laguna)