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Novamente o Brasil se vê as voltas com inflação alta, devendo ultrapassar a casa dos 10% para este ano de 2021, um desabastecimento na categoria de algumas autopeças, um crescimento do país com previsão na ordem de 5% , e o sumiço dos semicondutores que segundo as diversas informações que nos chegam apontam para normalização a partir do segundo semestre de 2022.
Este cenário nos remete a situações já ocorridas no passado onde comerciantes financeiramente bem estruturados e fornecedores estratégicos conseguem planejar os próximos anos em um momento que o mercado sofre com a queda abrupta da venda de veículos novos e o comércio de veículos usados já começa a sentir a fragilidade de um mercado alavancado por crédito, e que foi surpreendido pela nova alta da taxa SELIC de 7,75% para 9,25%, impactando e criando um novo reboliço no mercado de pós vendas automotivo.
Segmento mecânica
No que tange aos serviços automotivos, o segmento da mecânica continua com crescimento no número de passagens, e que deve superar os 2 dígitos em 2021, mas contraposto pela queda do ticket-médio em função da dificuldade dos consumidores e a sombra da pandemia.
Já os reparos por colisão ainda sofrem o amargo prejuízo de mais de 40% de queda em seu movimento fruto da pandemia, sendo o segmento mais afetado tendo em vista sua produção depender fortemente do setor de seguros, que por sua vez continuam comprando peças na casa dos bilhões de reais e crescendo, isto porque os preços de mão-de-obra já são controlados , mas para conseguir diminuir seu prejuízo vem constantemente buscando alternativas na cauda longa.
Segmento colisão
O setor da indústria da reparação de veículos não pode se distrair com propagandas e comunicação sem fonte fidedigna no que tange a tecnologia dos veículos, ou seja, enquanto existe uma sedução nos veículos elétricos (nicho de mercado futuro), o que é real são os sistemas de controles de colisão, ante hackers, estes sim podem trazer um real problema no curto prazo e que não deve ser combatido, mas sim ajustado para que o mercado continue competitivo.
Comércio de autopeças
O comércio de autopeças por sua vez já vem a algum tempo brigando por margens, mas como relatado anteriormente percebe que grandes comerciantes atacadistas devem planejar um avanço em todo o território brasileiro, sejam empresas instaladas no norte do país indo em direção ao sul, sejam empresas do sul indo em direção ao norte, já o comércio varejista tem buscando opções ao longo do tempo , transformando seus negócios em um sistema híbrido de comércio mais serviços como forma de encontrar rentabilidade, mas batendo de frente em seus principais clientes que sempre foram as oficinas, outros buscaram aumentar seus volumes de lojas e cobrir muito bem determinadas regiões visto que são os grandes financiadores de oficinas de micro e pequeno porte, não obstante e já conhecido “atacarejo”, comércio que tem suas compras tanto no distribuidor como direto na indústria já são realidades regionais por quase todo o país.
A indústria de autopeças tem parte que vem sofrendo com as dificuldades de importação, sejam de ordem de espera portuária, sejam de câmbio elevado, enquanto outras conseguem manejos entre suas próprias plantas e assim ir driblando os obstáculos.
No entanto suas atividades continuam dispersas sem grandes estratégias que possam aproveitar a morosidade de ação das montadoras de veículos no que tange ao relacionamento com quem realmente compra peças neste país que se chama “oficina”, e venhamos e convenhamos que cliente bom para construir pontes seguras e permanentes, muito diferente do que estamos vendo com relação as empresas frotistas, locadoras, de aplicativo etc. pois aqui a situação é totalmente diferente, o leilão reverso é uma realidade implacável, assim como fazem as seguradoras citadas acima e sem qualquer possibilidade de estruturação de redes, valor da marca, entre outros atributos, o preço é mandatório.
Bem vindos ao mercado já conhecido, porém muito mais voraz e predador, todos estão preparados? (MoveNews)