Movida abre estrutura para “abastecer” carros elétricos em São Paulo

O Estado de S. Paulo

 

A Movida, empresa de aluguel de veículos e soluções em mobilidade elétrica, inaugura hoje uma loja modelo com 11 pontos de recarga de carros elétricos na Marginal Tietê, no bairro do Tatuapé – uma das mais movimentadas vias da cidade de São Paulo. O abastecimento será gratuito.

 

O projeto tem a parceria da montadora Nissan e da Zletric, fornecedora de carregadores. A área, considerada um hub para clientes que alugam carros elétricos da Movida e para donos do Nissan Leaf, conta com área para descanso, banheiro com chuveiros, restaurantes e show room com modelos elétricos para locação.

 

Entre os objetivos do espaço, informa Renato Franklin, presidente da Movida, está o de atrair taxistas e motoristas de aplicativos como Uber e 99, e empresas e motoristas autônomos que trabalham com delivery. “O uso de veículos elétricos para o trabalho está crescendo porque traz ganho financeiro aos usuários”, diz.

 

A Nissan cedeu para o espaço um carregador ultrarrápido, que abastece a bateria em 40 minutos. A proposta da empresa é desmistificar o uso dos elétricos no Brasil. “Temos o objetivo e o compromisso de desenvolver esta nova cultura da mobilidade, por meio de acordos que incentivem o uso dos elétricos e apoiem o estudo da tecnologia e soluções ligadas à eletrificação”, afirma Tiago Castro, diretor de marketing e vendas da Nissan do Brasil. “Este espaço reafirma nosso compromisso de que mais pessoas experimentem o carro elétrico.”

 

A frota da Movida é composta por 168 mil veículos, dos quais 500 são elétricos, grande parte de modelos Leaf, mas também Mini Cooper, Peugeot 208, Fiat 500 e o furgão da BYD eT3, além de caros híbridos. “No momento quase todos estão alugados, só temos 20 no estoque”, informa Franklin.

 

Custos

 

Segundo ele, a locação de um carro elétrico custa, em média, de R$ 500 a R$ 600 a mais que um similar convencional. Uma vez incluídos gastos com combustível e eletricidade, porém, a vantagem vai para o modelo a bateria, quando considerado um percurso de 5 mil km por mês. O gasto mensal, segundo cálculos da Movida, ficaria em R$ 7.024 para o automóvel a combustão e R$ 6,5 mil para o elétrico.

 

Além do hub na Marginal Tietê, a Movida tem outros 37 carregadores de elétricos em lojas da marca em São Paulo e no Rio de Janeiro. Dependendo dos resultados dessa iniciativa, outros espaços similares serão criados.

 

A Movida já tem aprovado pela Simpar – a holding controladora da empresa – investimentos de R$ 5 bilhões a R$ 6 bilhões em 2022. A maior parte será usada para ampliação da frota em cerca 30 mil a 50 mil carros, muitos deles elétricos.

 

Vendas de eletrificados

 

Até novembro foram vendidos no País 2.148 automóveis elétricos e 28.297 híbridos, ante 19,7 mil em todo o ano passado, na soma de modelos com as duas tecnologias.

 

Frota maior

 

A Movida tem frota de 500 veículos 100% elétricos para locação, número que aumenta em média 50 unidades ao mês. O grupo já tem aprovado um investimento de R$ 5 bilhões a R$ 6 bilhões para ampliar sua frota total em 2022, hoje de 168 mil carros.

 

Carregador

 

A startup Zletric vai oferecer aos proprietários e locadores de carros elétricos a locação do Wallbox, um tipo de carregador de baterias que pode ser instalado nas residências dos usuários. (O Estado de S. Paulo/Cleide Silva)