Diário de Pernambuco
A questão da sustentabilidade se tornou importante para muitas indústrias. Não é diferente para a automotiva. Levando em consideração essa premissa, resíduos do setor automotivo do Polo Automotivo de Goiana, em Pernambuco, serão utilizados para criar novos produtos. A ação da Stellantis foi batizada de Roda e, junto com uma iniciativa de economia circular em moda sustentável, terá entre os itens produzidos mochilas, bolsas, sandálias, entre outros, utilizando couro, borrachas, cintos de segurança e até airbags como matérias-primas. A expectativa é que o modelo de negócio gere renda para as costureiras da comunidade de Igarassu, já que 50% do valor do produto vendido é destinado à equipe de produção. As peças serão vendidas através do e-commerce.
A ideia é que a iniciativa traga o conceito de que a economia circular pode tornar o processo de produção mais sustentável do que o modo atual. “Estamos agregando valor no processo ao ressignificar e transformar resíduos do Polo automotivo de Goiana em matérias-primas para criação de novos produtos. Temos muito orgulho de ser parceiros dessa iniciativa que traz uma reflexão primordial sobre um consumo consciente”, destaca Fabrício Biondo, Diretor da Comunicação Corporativa da Stellantis para a América do Sul.
O processo acaba gerando menos danos ambientais. “Menos resíduos significa também menos emissão de carbono e utilizar como fonte de matérias-primas o que antes era resíduo reduz em essência a nossa necessidade de exploração de novos recursos naturais”, comenta Mariana Amazonas, Ecodesigner e cofundadora do Roda.
Além das questões relacionadas ao meio ambiente, a iniciativa impacta diretamente o entorno do Polo Automotivo de Goiana, os clientes e o processo produtivo. “Queremos realmente impactar positivamente nossa comunidade, seja com nossos veículos que são reforçados pelos valores e ações da empresa quanto à sustentabilidade ou nas ações ligadas a projetos de cunho sustentável e de circularidade, como esse projeto em parceria com a Roda, que utilizam nossas matérias primas e chegarão as casas das pessoas de uma outra maneira, completamente ressignificada”, diz coordenador de Projetos Sociais da Stellantis, Fernando Elias. (Diário de Pernambuco)