AutoIndústria
Com alta de 4,9% em novembro sobre outubro, os fabricantes de motocicletas instalados no Polo Industrial de Manaus, AM, acumula produção de 1.118.790 unidades no ano, volume 25,9% superior ao registrado nos primeiros 11 meses do ano passado (888.515).
Só no mês passado saíram das linhas de montagem total de 113.776 motos, ante as 108.456 de outubro. Em relação a novembro de 2020 o crescimento chega a 9,3%. O desempenho do acumulado deste ano é o melhor desde 2015.
Na avaliação do presidente da Abraciclo, Marcos Fermanian, os números comprovam que a indústria de motocicletas está na contramão da crise e iniciando um novo ciclo de expansão: “Todas as fabricantes estão acelerando o seu ritmo de produção para atender à demanda que segue em alta, especialmente por modelos de entrada e de baixa cilindrada, muito utilizadas como instrumentos de trabalho e transporte de baixo custo”.
Segundo o executivo, o volume deste ano até poderia ser maior não fossem as restrições para atender aos protocolos sanitários e evitar a disseminação do coronavírus. “O maior distanciamento entre os postos de trabalho aumenta o tempo de fabricação. Sem contar que deixamos de produzir cerca de 100 mil unidades no primeiro bimestre deste ano devido à segunda onda do coronavírus em Manaus”, lembra.
Diante dos números obtidos até agora, a Abraciclo mantém projeção de fabricar 1.220.000 motocicletas este ano, o que representará crescimento de 26,8% na comparação com 2020 (961.986 unidades).
Fermanian acredita que a curva de aceleração deverá se manter nos próximos meses, mas informa que por enquanto a entidade ainda não a arrisca metas para 2022: “A falta de previsibilidade é uma grande preocupação. A chegada da variante Ômicron contaminou os mercados globais com pessimismo e, no Brasil, temos diversas incertezas no cenário político-econômico. Algumas medidas podem impactar negativamente o desempenho do setor”, adianta o presidente da Abraciclo.
Com relação ao mercado interno, o setor registrou 1.043.711 emplacamentos de janeiro a novembro, o que corresponde a uma alta de 27,8% em relação a idêntico período de 2020 (816.382 unidades).
Com 97.713 unidades licenciadas no ano, a Scooter foi a categoria que registrou maior aumento porcentual – 44% em relação às 67.847 registradas nos onze meses do ano passado. “A Scooter caiu no gosto dos brasileiros. É um modelo ágil, econômico e fácil de estacionar”, diz Fermanian, destacando o grande potencial desse segmento no mercado brasileiro. Já a categoria com maior volume de emplacamentos foi a Street, com 507.680 unidades e expansão de 24,3% no ano.
No mês passado, as vendas no varejo totalizaram 105.740 motocicletas, o que corresponde a uma alta de 9% na comparação com outubro (97.000 unidades) e de 18,3% em relação ao mesmo mês de 2020 (89.409 unidades). (AutoIndústria)