Importações de autopeças mais do que dobram no ano

AutoIndústria

 

As importações de autopeças seguem crescendo em índice bem superior ao da alta das exportações. Dados publicados no site do Sindipeças indicam que as aquisições no exterior atingiram US$ 14,27 bilhões no acumulado de janeiro a outubro, exibindo aumento de 120,3% em relação a igual período de 2020, quando as importações ficaram em US$ 6,47 bilhões.

 

A China segue como a principal vendedora de autopeças para o Brasil, com total de US$ 2,25 bilhões nos dez meses, valor 95% superior ao do mesmo acumulado do ano passado e equivalente a 15,8% das compras feitas lá fora. Na sequência vêm os Estados Unidos (US$ 1,6 bilhão e participação de 11,4% e Alemanha (US$ 1,5 bilhão, com fatia de 10,6%).

 

No caso das exportações, a alta no comparativo interanual é de 27,7%, com US$ 5,6 bilhões acumulados de janeiro a outubro, ante os US$ 4,4 bilhões do mesmo intervalo de 2020. Em outubro, particularmente, foram exportados US$ 597,5 milhões, queda de 4,8% sobre setembro. As importações, por sua vez, atingiram US$ 1,45 bilhão, também apresentando recuo em relação ao mês anterior (US$ 1,55 bilhão), nesse caso de 24,5%,.

 

Com variação de 316,6% frente ao período de janeiro a outubro de 2020, o déficit comercial somou US$ 8,6 bilhões até o décimo mês de 2021, conforme relatório do Sindipeças. Para as exportações, Argentina, Estados Unidos e México seguem como principais mercados de destino.

 

Vale lembrar que o setor automotivo enfrenta mundialmente uma crise de escassez de semicondutores, o que vem prejudicando a produção tanto das montadoras como das autopeças, com falta de produtos para atender mercado interno e também as exportações. (AutoIndústria/Alzira Rodrigues)