Mercado de consórcio de máquinas agrícolas cresce ano a ano no Brasil

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Um levantamento da Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (ABAC) aponta que 145,9 mil pessoas participavam de consórcios para adquirir uma máquina agrícola em agosto deste ano, sendo o número 20,8% maior que o mesmo período do ano passado.

 

Quando comparado com 2015, esta porcentagem é 63,4% maior, crescendo ano a ano.

 

Este aumento pelo interesse em comprar máquinas a partir de consórcio é percebido também pela Jacto Máquinas Agrícolas, empresa sediada em Pompéia (SP).

 

De acordo com Guilherme Reis, responsável pelo Consórcio Nacional Jacto, houve aumento de 30% na aquisição de cotas de consórcio de maquinários de pequeno porte, com crédito médio em torno de R$ 65 mil, quando comparado o período de janeiro a setembro de 2021 com o ano anterior.

 

Já para máquinas maiores, da linha Automotriz, houve aquisição de 34,5% a mais de cotas do que em 2020.

 

Para Guilherme, o que explica esse interesse é o aumento constante dos juros e a falta de crédito da linha Moderfrota, principal programa para aquisição de máquinas e implementos agrícolas do Plano Safra.

 

Lançado no mês de junho, o Moderfrota recebeu R$ 7,53 bilhões do Plano Safra, com juros de 8,5% ao ano, mas já no final de setembro a linha foi bloqueada devido à alta procura e rápido comprometimento dos recursos disponíveis.

 

“O consórcio traz diversos benefícios para o produtor rural. Por exemplo, pelo fato de ser formado a partir da união de pessoas, o consórcio não é vinculado diretamente ao sistema financeiro e não impacta os limites junto a outras instituições. Os consorciados compartilham o valor de uma máquina através do pagamento de parcelas planejadas”, comenta Guilherme Reis. “Além do custo ser baixo, não tem juros e a liberação é de 100% do valor do bem. Consórcio não é dívida”, acrescenta.

 

Outro benefício é a vantagem do planejamento. “Como eles já sabem os valores das parcelas, devido as parcelas estarem vinculadas ao valor do bem, sem taxas de juros com apenas uma taxa administrativa, assim como o prazo em que vão receber a máquina, podem manter o seu dinheiro capitalizado para investir em outras necessidades da propriedade”, reforça o especialista.

 

A pesquisa da ABAC aponta também que os pequenos produtores recorrem mais à modalidade. Do total de agosto, 50% tinham propriedades de até 50 hectares e 30%, de 51 a 300 hectares.

 

“A modalidade de consórcio tem crescido também porque a população tem ganhado mais confiança. O Banco Central passou a auditar, regulamentar e fiscalizar os grupos, além de criar regras específicas para esse tipo de venda. Especialmente no Consórcio Nacional Jacto, a contemplação não é para crédito, mas sim para a máquina, oferecendo uma garantia extra ao cliente de ter uma grande empresa por trás”, conclui Guilherme.

 

A Jacto atualmente está com três planos ativos para o cliente final, que envolvem 12, 18, 24 ou 84 parcelas, acessíveis a diferentes perfis de produtores rurais e tipos de máquinas. Por exemplo, para as Linhas Tratorizadas, que são planos de 12 meses, a empresa oferece planos de contemplação já na sexta parcela.

 

Nos planos de 18 e 24 meses, a primeira parcela é grátis com contemplações por sorteio ou lance. No caso das Linhas Automotrizes, a Jacto proporciona plano de 84 meses, sendo que os clientes podem ser contemplados através de sorteio, lance livre, ou ainda durante a mega assembleia (a cada 10 assembleias, são contempladas até 10 máquinas com lance de 50%). (Portal G1)