Crise sem fim: depois dos chips semicondutores, escassez de magnésio é a nova ameaça à indústria automotiva

MoveNews

 

Tá bastante difícil a fabricação de carros no ano de 2021. Se não bastasse a falta de chips semicondutores enfrentada pelas montadoras do setor automotivo, um grande problema está prestes a frear as linhas de produção em breve: a extração de magnésio está comprometida e a produção de ligas de alumínio (que usa esse elemento químico), pode parar completamente.

 

Ou seja, até o fim do ano pode ocorrer um fechamento quase que total de fábricas mundo afora, de acordo com o Financial Times.

 

Entre as peças automotivas feitas utilizando magnésio estão painéis de carroceria, rodas, eixos, blocos de motor, freios, placas de suspensão, tanques de combustível entre outras coisas. Assim, com alumínio e magnésio interligados, é alta a possibilidade de que uma crise de abastecimento possa ocorrer.

 

Como no caso dos chips, o problema está concentrado na China, que fornece 85% de magnésio do mundo. O país asiático passa por uma crise energética.

 

A cidade que mais produz magnésio na China, Yulin, acaba de ordenar o fechamento de 35 de suas 50 unidades de produção. Os 15 locais restantes foram instruídos a reduzir as operações pela metade, reduzindo drasticamente seu volume. A redução se alia a vida útil curta do magnésio, que se oxida com relativa rapidez. Na Europa, com reservas podendo secar até o fim do ano, a situação pode mais uma vez ficar crítica. Já nos Estados Unidos a situação é um pouco mais otimista pelo fato de o país também ser um produtor global de magnésio, entretanto abaixo do nível da China. (MoveNews)