AutoIndústria
A partir da estratégia implantada em meados do ano passado, de buscar crescimento de participação nos canais mais rentáveis do mercado, o Grupo Renault conseguiu ter uma queda da receita inferior à registrada em suas vendas mundiais no terceiro trimestre deste ano.
O faturamento ficou próximo de € 9 bilhões, com recuo de 13,4% em relação ao mesmo período de 2020, enquanto as vendas decresceram 22,3%, para 599.027 veículos. Ao divulgar o balanço de julho a setembro, o grupo informou que diante da falta de semicondutores estima uma perda de produção no período de algo em torno de 170.000 unidades.
“Apesar de uma visibilidade reduzida para o quarto trimestre, projetamos para o ano uma perda próxima a 500.000 veículos”, informa a empresa em seu relatório do trimestre, destacando, ainda que mesmo com os problemas atuais a expectativa é a de o grupo atingir uma taxa de margem operacional em 2021 da mesma ordem que no primeiro semestre. Outra meta é obter um fluxo de caixa livre operacional positivo da Divisão Automotiva no exercício, “com exceção da variação das necessidades em capital de giro para o ano fiscal”.
“As ações realizadas para reduzir ainda mais os custos e otimizar a valorização da nossa produção nos permitem confirmar nosso guidance para o ano”, declarou Clotilde Delbos, CFO do Renault Group.
As vendas da companhia na Europa, que têm participação de 53% nos negócios globais, estão em retração de 26,3%, enquanto as realizadas foram do continente recuaram 17,3%. A marca Renault comercializou 365.934 veículos no mundo, em queda de 24,4% em comparação com o terceiro trimestre de 2020. A marca Dacia vendeu 138.375 veículos, em queda de 11,2%, mas com ganhos de participação no período. Em relação à Lada, a marca mantém a liderança no mercado russo, porém com recuou de 27,8% nos negócios.
De acordo com o relatório da Renault, o efeito dos preços, positivo em 2,9 pontos, reflete a manutenção de uma política que privilegia o valor em detrimento ao volume de vendas. No mundo, os estoques totais em 30 de setembro, incluindo a rede independente em 30 de setembro, estavam em 340 mil veículos, contra 470 mil no fechamento do mesmo mês de 2020. (AutoIndústria)