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A Localiza está tentando convencer o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) que os remédios sugeridos pela Secretaria Geral são suficientes para garantir a competição no mercado de aluguel de automóveis mesmo com a fusão da empresa com a Unidas. Um dos remédios é a venda de parte do negócio das duas companhias. No seu ofício, a Localiza diz que o pacote a ser vendido contém um expressivo volume de carros o que tornaria o comprador desses ativos o terceiro maior player do mercado e o terceiro maior comprador de veículos do país. A empresa não fala o tamanho do negócio por questões estratégicas, mas acaba dando a dica quando menciona que a própria Movida indicou uma escala de 20 mil carros e faturamento de 300 milhões de reais como o suficiente para configurar um player capaz de impor rivalidade.
A empresa também apela para montadoras e startups para tentar convencer o Cade de que o mercado continuará competitivo. Segundo o documento da Localiza, amo menos 13 montadoras atuam hoje no Brasil com serviços de locação (Audi, BMW, Caoa Chery, Citroen, Ford, Kia, Mercedes, Nissan, Peugeot, Range Rover, Renault, Toyota e Volkswagen). Além disso menciona as startups Kovi, que fornece carros para aplicativos de transportes e recebeu aporte de 500 milhões de reais recentemente, a Turbi, a Hunter e a Vai.Car, que é parceira oficial da Uber no Brasil, que pretende ampliar sua frota para 25 mil veículos até meados de 2022 e que captou R$ 380 milhões com investidores. A Localiza ainda usa o caso da seguradora Porto Seguro, que oferece assinatura de veículos zero quilômetro. (Portal Veja/Josette Goulart)