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O sistema de compra de carro por assinatura está ganhando adeptos. A fórmula é simples e atrativa: paga-se uma mensalidade por um carro novo, como em um financiamento, que inclui custos com seguro, documentação e manutenções. Inicialmente oferecida por locadoras, a modalidade passou a chamar a atenção das montadoras.
Antes, as marcas comercializavam os carros para outras empresas de aluguel com grandes descontos por meio de venda direta. Agora, a própria montadora pode oferecer o serviço de veículo por assinatura, eliminando o intermediário. Também é uma vantagem para o consumidor, já que há menos custos envolvidos e a garantia da própria fabricante por trás.
Hoje, ao menos nove marcas nacionais já oferecem algum tipo de serviço de carro por assinatura. São elas Audi, Caoa Chery, Fiat, Ford, Jeep, Mitsubishi, Renault, Toyota e Volkswagen. Separamos aqui algumas dicas sobre o que ficar atento e algumas opções disponíveis.
Veja alguns exemplos de planos de assinatura
Começando pelas assinaturas mais em conta, a Renault oferece o serviço para o Kwid, seu carro mais barato, por meio do “Renault On Demand”. Nele, a versão Zen, a mais simples com ar-condicionado e direção assistida, sai mensalmente por R$ 1.531,54 no plano de 20 meses com franquia de 500 km mensais.
Por meio do Flua!, serviço de assinatura da Stellantis, também pode-se ter um Fiat Mobi com os mesmos equipamentos e mensalidades partindo de R$ 1.299 no plano de 24 meses com franquia de 500 km.
A Caoa Chery oferece o Tiggo 5X com valor a partir de R$ 1.796,76 no plano de 24 meses com franquia de 1.000 km mensais. Já o Jeep Compass Longitude turbo flex automático custa no plano de assinatura a partir de R$ 3.049 por 24 meses com franquia de 500 km.
Quem quer uma picape pode contratar a Fiat Toro. Em sua opção mais em conta, o modelo sai a partir de R$ 3.199 na versão turbo flex no plano de 36 meses com franquia de 1.000 km/mês.
Ainda na categoria picapes, a Ford Ranger Black 2.2 turbodiesel sai por R$ 5.450 ao mês no plano de 12 meses com franquia de 2.000 km. Já a Toyota acaba de entrar no segmento com o Kinto, serviço de assinatura da marca. Nele, uma Hilux cabine dupla a diesel pode sair a partir de R$ 8.502,06 ao mês com franquia de 800 km e contrato de 24 meses.
A Audi tem o serviço Luxury Signature. Pode-se optar pelo SUV elétrico e-tron Sportback, saindo por R$ 11.900 mensais. Já o SUV esportivo RS Q8 custa R$ 13.890 ao mês. Praticamente todo o catálogo da marca alemã por aqui pode ser assinado e o plano sempre é de 24 meses com franquia de 1.000 km.
Até mesmo quem precisa de um carro blindado também já pode ter um carro por meio dos serviços de assinatura direto da fábrica. Uma das marcas que oferece algo nesse sentido é a Mitsubishi. Através do Mit Assinatura, pode-se pedir um Pajero Sport, SUV de porte grande, já com a blindagem por R$ 9.800 mensais no contrato de 36 meses.
Por que pode ser bom para você?
Um dos principais atrativos é não ter que lidar com os custos de licenciamento, IPVA, emplacamento e seguro. Isso é algo que o aluguel de veículos já possui, porém, o sistema de assinatura, na maioria dos casos, vai te oferecer um carro 0 km ou muito próximo disso.
Dependendo da empresa, você ainda pode escolher os opcionais e a cor do veículo. Outra vantagem é que você terá um veículo de uso exclusivo.
Ao contrário de um financiamento, não há entrada ou juros nas parcelas, apenas o pagamento da mensalidade acertada por contrato. A maior parte das empresas é responsável pelo seguro do veículo assinado, valor que já está embutido no pagamento mensal, e também pela manutenção em concessionária.
O que é preciso ficar atento?
Mesmo que as vantagens dos serviços de carros por assinatura sejam muito atraentes, o cliente precisa ficar de olho em alguns elementos do contrato.
Na maioria das empresas há uma série de opções de tempo de assinatura, que pode ir de 6 a 36 meses, e quantos quilômetros pode-se rodar por mês, entre 500 km e 2.500 km dependendo da empresa. Quanto maior o prazo e menor a franquia de quilometragem, mais barata é a mensalidade.
No entanto, é preciso ficar atento se há cobrança do quilômetro rodado após a franquia e o que exatamente é coberto pelo seguro.
Também vale conferir os termos da manutenção de itens de desgaste natural, como pneus e freios, pois algumas empresas podem ou não serem responsáveis por isso.
Quem gosta de personalizar o carro com películas, sistemas de som e rodas diferentes também precisa esclarecer se isso é permitido por contrato. Geralmente não é. (CNN Brasil Business)