O Estado de S. Paulo
O movimento de postos de combustíveis buscando mais liberdade na bandeira branca, ou seja, passando a ser um estabelecimento sem vinculação a alguma distribuidora, deve seguir forte e ganhar um impulso com a “MP dos Combustíveis”, segundo Pedro Oliveira, fundador e presidente da startup Pronto Combustíveis – aplicativo de cotações, pedidos, entrega e financiamento de combustíveis para esse tipo de posto.
Essa dinâmica, diz o executivo, garantirá crescimento para a empresa, mesmo que a tendência seja de que o consumo permaneça menor do que o período pré-pandemia. Outra avenida de crescimento ocorrerá quando a empresa começar a desbravar outras regiões do País e América Latina. Para isso, a companhia está em processo de captação para financiar o crescimento.
Nosso mercado foi muito atingido. O consumo de diesel e gasolina caiu. Abrimos uma nova linha de serviços. Antes atuávamos muito com os médios e grandes, mas como caiu muito o volume partimos para uma entrega fracionada, assim os postos deixaram de precisar de comprar um caminhão inteiro de combustíveis. Isso permitiu que os postos comprassem menos volume, o que ajuda no capital de giro.
E qual sua expectativa para o consumo de combustível?
Eu acho que volta a crescer, mas não acredito que será como no ano retrasado. Muita gente aprendeu a trabalhar remotamente e parte disso vai continuar.
Como fica a estratégia de crescimento diante desse cenário?
Nós só estamos na metade do Estado de São Paulo e nossa ideia ainda é ir para o restante do Brasil e América Latina. Estamos fazendo agora uma captação. Começamos com combustíveis e o plano é partir para outras verticais, como energia e óleo lubrificante.
Qual a tendência de crescimento para os postos bandeira branca?
Os postos estão buscando mais liberdade para comprar combustíveis de quem quiserem, não querem mais ficar fechados com um único fornecedor.
E como a MP dos combustíveis vai afetar o setor?
Acaba sendo muito positivo, porque passa a ter essa liberdade de as usinas venderem etanol direto para o posto, sem passar pelas distribuidoras. Apesar de abrir um leque para as usinas, não é o negócio chave delas financiar a entregar a esses postos. E nós fazemos isso. (O Estado de S. Paulo/Fernanda Guimarães)