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No Brasil, o setor automotivo exerce papel importante na economia, com mais de 6 mil empresas e cerca de 420 mil empregos gerados. Em Minas Gerais, o setor conta com 589 empresas, responsáveis por mais de 48 mil empregos. O segmento, que movimenta a economia brasileira, se reinventa e enfrenta desafios para retomar o crescimento de vendas a partir do avanço da vacinação contra a Covid-19 – após a pandemia ter impactado negativamente para toda a cadeia produtiva.
No estado, o setor é responsável por 6,8% do valor bruto de produção e por 2,7% do valor exportado da indústria. Os principais destinos das exportações do setor são Argentina (30,4%), Polônia (18,2%), Itália (15,8%) e México (15,8%).
Segundo Júlia Silper, analista de economia e finanças empresariais da FIEMG, a pandemia frustrou, em 2020, as expectativas de crescimento do setor automotivo, derrubando a produção, as vendas internas e as exportações do setor. Apesar da queda da produção no ano passado, a atividade automotiva mineira apresentou desempenho menos negativo do que o brasileiro.
“O retorno gradual da demanda, em 2021, vem pressionando a capacidade produtiva das montadoras, que enfrentam dificuldades em seus processos produtivos, como a falta de insumos e a elevação dos custos por causa da valorização do dólar”, explica Silper, pontuando que esses fatores têm contribuído para o atraso no prazo médio de entrega dos veículos.
Para Silper, apesar dos gargalos produtivos, o setor automotivo vem conseguindo manter um bom ritmo de atividade em 2021, com elevação da produção, das vendas e das exportações no primeiro quadrimestre. “A expectativa é de que, com o avanço da vacinação contra a Covid-19 e a abertura gradual da economia ao longo do ano, o setor tenha um crescimento de 25% na produção, 15% nas vendas internas e 9% nas exportações”, afirma, citando os dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (ANFAVEA). (Portal G1/Portal FIEMG)