Diário do Transporte
A Autoridade Nacional de Transporte (NTA) e a parceria formada pelas empresas Alexander Dennis Limited (ADL) e BYD assinaram nesta segunda-feira, 19 de julho de 2021, um acordo para a entrega de até 200 ônibus elétricos a bateria com emissão zero.
O contrato prevê um pedido inicial de 45 ônibus com início de entrega em 2022.
A ADL é uma subsidiária do fabricante líder global independente de ônibus NFI Group Inc. (NFI). Já a BYD é líder global em baterias, gerenciamento de energia e mobilidade elétrica.
O contrato tem validade por até cinco anos e cobre a entrega de ônibus elétricos a bateria de um andar. Os primeiros 45 veículos deverão operar serviços em Athlone, cidade situada no centro da ilha, e na Área Metropolitana de Dublin.
Este é o primeiro contrato da parceria BYD ADL na Irlanda, bem como o maior pedido de ônibus com emissão zero no país até o momento.
O veículo é uma variante de porta dupla do Enviro200EV para a NTA, e tem 27 lugares e capacidade para mais de 75 passageiros, e comprimento de 12 metros.
Modelo BYD ADL Enviro200EV feito sob medida para a NTA
O interior do ônibus foi configurado para maximizar o fluxo de passageiros e a acessibilidade, e incorpora um espaço para cadeiras de rodas e uma área dedicada à acomodação de pelo menos um carrinho de bebê.
Todos os ônibus para a NTA serão produzidos nas fábricas da ADL no Reino Unido com a comprovada combinação da tecnologia elétrica BYD com a carroceria da ADL, com o interior focado no passageiro.
O ônibus não produz emissões e oferece níveis reduzidos de ruído interno e externo em comparação com um ônibus apenas a diesel. Isso não só resultará em um ar mais limpo e menos poluição sonora nas áreas onde os ônibus operam, mas também proporcionará uma viagem mais silenciosa para os passageiros.
O contrato faz parte do compromisso do Governo da Irlanda com a redução das emissões de carbono nos transportes, conforme estabelecido no Plano de Ação Climática de 2019, bem como no Programa de Governo 2020. Este último compromete-se com uma descarbonização significativa da frota de transporte público da Irlanda e exige que todos os novos ônibus urbanos sejam híbridos elétricos ou elétricos.
A parceria BYD ADL foi selecionada como a licitante vencedora após um processo de aquisição abrangente e rigoroso.
Depoimentos
No ato de assinatura do contrato, o CEO da NTA Anne Graham disse:
“O contrato assinado para o fornecimento desses ônibus elétricos destaca o compromisso da NTA com uma rede de transporte sustentável e acessível. Nos próximos cinco anos, estamos planejando um grande aumento no número de ônibus urbanos de baixa e/ou zero emissão em operação na rede Transport For Ireland (TFI) em todo o país. A frota encomendada hoje representa a melhor combinação de tecnologia elétrica de ponta, confiabilidade comprovada, acessibilidade e conforto para todos os passageiros que utilizam os serviços de ônibus da TFI. Estou ansiosa para trabalhar com nossos parceiros operadores de ônibus, bem como com a ADL, para garantir que os primeiros desses ônibus sejam entregues e estejam prontos para operar em 2022”.
Já o presidente e diretor administrativo da ADL, Paul Davies, disse que o novo contrato de 200 ônibus com emissão zero “é mais uma prova do nosso foco no cliente, exemplificada em nossa capacidade de adaptar as especificações do veículo aos requisitos operacionais. Junto com nosso acordo existente para até 600 ônibus híbridos plug-in Enviro400ER com capacidade de emissão zero, temos a honra de desempenhar um papel fundamental na implantação da mobilidade com emissão zero na Irlanda”.
Por fim o diretor administrativo da BYD no Reino Unido, Frank Thorpe, ressaltou que o acordo com a NTA da Irlanda “é um dos compromissos mais significativos para eletromobilidade que já vimos na Europa”. Thorpe completou: “A parceria BYD ADL é cada vez mais a escolha preferida para autoridades locais e operadores de transporte público. Este acordo é uma promessa de trazer um futuro sustentável para o transporte público na Irlanda e estamos muito satisfeitos por nos juntarmos à NTA”. (Diário do Transporte/Alexandre Pelegi)