O Estado de S. Paulo
A Hyundai anunciou nesta sexta-feira, 16, que vai antecipar a volta dos trabalhadores dos segundo e terceiros turnos da fábrica de Piracicaba (SP) para a próxima segunda-feira, 19. Antes, o retorno estava previsto para o dia 26, mas em empresa afirma que houve confirmação dos fornecedores de entregas de semicondutores que estavam pendentes. Com isso, o grupo volta a operar em três turnos, situação que não ocorria desde o fim de maio.
O primeiro turno de trabalho já havia retomado atividades na quarta-feira, 14, depois de dez dias de licença aos funcionários. A montadora afirma, contudo, que “segue monitorando a situação de instabilidade no fornecimento de componentes eletrônicos e tomará as medidas necessárias para adaptar, sempre que necessário, os volumes de sua produção”.
Em razão da falta de componentes, em especial de chips, a fábrica da Volkswagen de Taubaté está parada desde o dia 7, com retorno previsto após 20 dias. Hoje, contudo, a empresa informou que as férias coletivas de um grupo de 800 funcionários – de um total de 2 mol que estão parados – será estendida por mais dez dias, segundo o Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté e Região (Sindmetau).
Já a unidade de São Bernardo do Campo, no ABC paulista, terá um turno de trabalho suspenso a partir de segunda-feira, também por 20 dias, período em que cerca de 1,5 mil trabalhadores terão férias coletivas. A fábrica vai operar com apenas um turno.
Ainda seguem paradas as fábricas da General Motors de Gravataí (RS) – desde abril – e de São Caetano do Sul (SP) – desde 25 de maio -, ambas com retomada de produção prevista para 16 de agosto. A companhia também suspendeu o contrato de trabalho de 250 funcionários da filial de São José dos Campos (SP) de 12 de julho a 25 de agosto.
No caso da fábrica da GM de São Caetano, o motivo da paralisação envolve também a preparação da fábrica para iniciar a produção da nova picape Montana.
A Fiat voltou a dar, na segunda-feira, férias coletivas de dez dias a mil trabalhadores da fábrica de Betim (MG). (O Estado de S. Paulo/Cleide Silva e Eduardo Laguna)