Blog do Ricardo Ribas
A Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) e a Webmotors realizaram um estudo sobre intenção de compra de veículos para o segundo semestre de 2021. Realizado em junho com 4.240 usuários do aplicativo da Webmotors de todas as regiões do país, o estudo aponta perspectiva positiva, pois, de modo geral, 75% dos entrevistados declararam ter intenção de compra ou troca do veículo ainda esse ano e apenas 7% informaram desistência de compra, e 18% prorrogaram a compra para 2022.
“Os indicadores de intenção de compra ou troca de veículos são bastante positivos quando avaliamos o cenário atual, em que é possível perceber que já houve uma retomada do mercado após os impactos das medidas para conter os avanços da Covid-19. O próprio estudo indicou um equilíbrio maior à medida que grande parte dos entrevistados confirmou que a flexibilização da pandemia não interferiu na decisão de compra”, comenta Eduardo Jurcevic, CEO da Webmotors. Em sua visão, o otimismo nesse setor também pode ser atribuído aos carros ganharem papel diferenciado na pandemia ao trazerem mais conforto e segurança para o transporte das pessoas.
Os preferidos para quem quer comprar/trocar o carro ainda esse ano
A pesquisa separou os entrevistados em dois perfis: aqueles que já têm um carro (74%) e os que ainda não possuem (26%). Entre os que já têm um carro, a intenção de compra / troca ainda esse é de 73%, mas saltou para 80% no outro perfil (que não possui carro e pretende comprar).
Outros destaques da pesquisa dão alguns indicadores de preferência dos consumidores e mostram que os modelos hatchs, apesar de ainda serem os mais considerados pelos entrevistados, estão dando espaço para outras carrocerias, como sedans, SUVs e picapes. Outra questão trazida pela amostra é a percepção de preços mais altos como um impeditivo à compra do carro no momento e o financiamento ainda como principal forma de pagamento, apesar da opção à vista mostrar crescimento, sobretudo entre os que já têm carro. Com relação a ações que motivariam a compra a curto prazo, a jornada de aquisição 100% online, não teve muita consideração. Apesar, do interesse dos que não possuem carro, ser 2 vezes maior (16%).
Entre quem já possui um carro, a opção por um modelo usado foi citada por 86% e por um “zero Km” por 14%. Com relação às carrocerias que pretendem comprar, há movimentações entre as preferências, pois, na comparação entre as pesquisas, essa distribuição foi: hatchs passaram de 18% para 16%; sedans de 34% para 29%; SUVs de 38% para 39%; picapes de 7% para 13% (quase dobrou); e as outras carrocerias permaneceram em 3%.
Entre aqueles que ainda não têm carro, a opção pelos usados foi citada por 94% e pelos novos por 6%. Com relação às carrocerias, as preferências para a intenção de compra esse ano ficaram distribuídas da seguinte forma, considerando a comparação com a última pesquisa: hatchs passaram de 41% para 36%; sedans de 32% para 34%; SUVs de 18% para 20%; picapes de 7% para 6%; e as outras passaram de 2% para 4%.
A preferência em termos de financiamento da mobilidade e locomoção
A pesquisa levou em consideração o financiamento da aquisição do veículo. Entre aqueles que já têm um carro, apenas 5% declararam ter opção de financiamento total, o mesmo identificado no estudo anterior, realizado em novembro de 2020 considerando a intenção de compra ao longo de 2021. Nesse perfil, a opção pelo financiamento parcial caiu de 64% para 55%, enquanto o pagamento à vista saltou de 27% para 37% e a opção pelo leasing ou consórcio teve uma leve movimentação de 4% para 3%. Entre os que ainda não têm um carro, as opções de pagamento permaneceram estáveis, sendo que o financiamento total passou de 23% para 21%; o financiamento parcial se manteve em 44%; o pagamento à vista teve leve alta de 26% para 27% e o leasing / consórcio uma leve alta de 7% para 8%.
“Apesar de uma queda pequena ao comparar as duas edições da pesquisa, o perfil de quem ainda não tem um carro e pretende financiar 100% da aquisição representa um volume significativo, quase 5 vezes maior do que entre os que já possuem o bem. Nesse contexto, um ponto positivo é o fato de o mercado ser bastante desenvolvido e contar com instituições financeiras com muita experiência para oferecer opções interessantes para os seus clientes, o que facilita a aquisição do veículo”, comenta Jurcevic. (Blog do Ricardo Ribas)