AutoIndústria
O mercado de veículos leves registrou queda nos primeiros dez dias de julho. Os emplacamentos acumulados limitaram-se a 47,2 mil automóveis e comerciais leves, 7,5% a menos na comparação com igual período de junho. Dentre as marcas que mais vendem, só a Fiat, líder no ano, repetiu seu desempenho de um mês atrás ao negociar 11,8 mil unidades, 25% do total.
Por conta disso, a marca da Stellantis abriu ainda mais vantagem sobre a Volkswagen, segunda colocada no mês e em 2021. Foram emplacados somente 6,1 mil veículos da empresa entre 1 e 10 de julho, 27,7% abaixo na comparação entre os dois períodos.
Outras duas marcas que registraram desempenho muito abaixo da média neste início de julho foram Honda, que vendeu pouco mais de 1,6 mil unidades, e especialmente a Nissan, com 1,2 mil licenciamentos. Do ranking das 10 primeiras, elas tiveram a maior variação negativa – respectivamente, 26% e 28% – e ficaram na oitava e nonas colocações.
Mas a queda que mais chama a atenção é mesmo a da Volkswagen. É a maior entre as três líderes e o dobro dos 13% de recuo da GM (3,5 mil unidades), que, em decorrência da falta de semicondutores, desde 5 de abril segue sem produzir o Onix, seu produto mais vendido no Brasil.
O tombo da primeira dezena de julho pode significar que a falta de componentes também começa afetar de forma mais intensa a Volkswagen. Desde ontem, 12, sua fábrica de Taubaté, SP, está paralisada. Em São Bernardo do Campo, na região do ABC, serão concedidas férias coletivas de 20 dias a partir do dia 19 para um turno de trabalho.
A montadora afirma que tem trabalhado com matriz e fornecedores para minimizar os efeitos da escassez de componentes. “Entretanto, o cenário atual não demostra o encaminhamento para uma solução definitiva visando a normalização do fornecimento de chips”, conclui a montadora em nota oficial.
Os primeiros dez dias de julho, em contrapartida, trouxeram boas notícias para a Toyota, que apareceu na terceira colocação com 5,8 mil licenciamentos, 8,2% a mais do que em junho e à frente da Hyundai (4,8 mil unidades), Renault, sexta colocada com 3,3 mil unidades e evolução de 11%, e especialmente para Peugeot.
A marca francesa, outra representante da Stellantis, negociou exatos 1.139 veículos no período, 97% a mais do que em junho, e apareceu na décima posição após muito tempo, com fatia próxima de 2,5%. Ao longo do mês passado, a Peugeot vendeu pouco mais de 3 mil veículos e ficou na 11ª colocação, com participação de 1,8%. (AutoIndústria/George Guimarães)