Jornal do Carro
As fabricantes de implementos brasileiras estão apostando forte no mercado africano. Por exemplo, 13% das exportações da Randon foram para aquele continente. Segundo a empresa, no mesmo período de 2020 apenas 11% das exportações da empresa foram para a África.
Da mesma forma, a Librelato acaba de fechar negócios no Quênia e em Uganda. Segundo a empresa. a expectativa é exportar mais de mil implementos para a região até o fim deste ano.
Assim, a abertura de oportunidades em mercados estratégicos colabora para a alta das exportações. De acordo com a Randon, a África contribui cada vez mais para os resultados de vendas da empresa.
Implementos em CDK
Nesse sentido, a companhia passou a atuar no Senegal. Da mesma forma, voltou a operar no Quênia. Para isso, a Randon tem uma unidade de montagem de semirreboques feitos no Brasil e exportados como CKD (desmontados). Bem como no Senegal.
No primeiro, a Randon tem uma linha de montagem em parceria com a JAP África. A subsidiária do grupo português JAP produz e vende conjuntos de plataformas e basculantes. Agora, a empresa mira outros países, como Tanzânia e Uganda.
“Todo o leste do continente africano está em franca expansão”, diz o diretor-geral da Randon, Sandro Trentin. Segundo ele, as parcerias garantem protagonismo na região.
Randon exporta para o Quênia há 17 anos
Então, neste mês de junho a Randon fará a primeira entrega de produtos com a JAP. Porém, a empresa há está no Quênia há 17 anos. Nesse interim, exportou cerca de 3 mil produtos ao país africano.
Simultaneamente, a companhia está apostando fortemente na Argélia, Costa do Marfim e Etiópia. Além disso, mantém uma unidade de produção em Cuba. Portanto, são seis operações globais.
Da mesma forma, a empresa exporta produtos completos. Nesse caso, os principais mercados fora do Brasil são Angola, Congo, Costa do Marfim, Moçambique e Gana. Ou seja, todos na África. Além disso, mantém escritórios comerciais na França, Portugal e África do Sul.
Alta de 161% nas vendas
Como resultado, nos primeiros quatro meses de 2021, as exportações da Randon cresceram 161%. Em outras palavras, de janeiro a abril foram vendidos 824 semirreboques. No mesmo período de 2020 foram 316 produtos unidades.
Segundo a Randon, o implemento mais vendidos é semirreboque plataforma. Em seguida, vêm as linhas basculante e tanque, nessa ordem.
A Randon também exporta para países da América do Sul. Nesse sentido, vende para Argentina, Chile, Paraguai e Peru. Da mesma forma, a Randon Triel-HT, em Erechim (RS), que produz semirreboques especiais e customizados, exportou 22% a mais de janeiro a abril de 2021.
Librelato foca África Oriental
Da mesma forma, a Librelato fechou dois importantes contratos de exportação para o continente africano. Como resultado, enviou implementos para o Quênia e para Uganda, na África Oriental.
Nesse sentido, os produtos, exportados em forma de CKD para o Quênia, devem representar mais de US$ 2 milhões em faturamento neste ano. Além disso, a previsão é dobrar esses valores em 2022.
Segundo o CEO da Librelato, José Carlos Sprícigo, esses produtos são feitos seguindo as regras locais. Assim, os semirreboques receberam diversos ajustes técnicos. De acordo com o executivo, a empresa abriu um escritório em Lisboa.
Librelato atua na África Oriental
“Com isso, ganhamos agilidade para prospectar parcerias similares às do Quênia e Uganda”, diz Sprícigo. “Queremos ampliar as vendas de produtos acabados para os países da região oeste do continente”, afirma o executivo.
Segundo a Librelato, foram exportadas 400 unidades para a África em 2020. Ou seja. 21% a mais do que em 2019. Porém, as vendas foram prejudicadas pela crise causada pelo avanço da covid-19. 2
Assim, em 2021 a Librelato projeta exportar mais de mil equipamentos pra o continente africado. Seja como for, a companhia é a segunda maior exportadora de semirreboques do Brasil. Ou seja, está atrás apenas da Randon. (Jornal do Carro)