AutoIndústria
As compras externas de pneus seguem curso de alto crescimento no País. Ao menos é o que mostra levantamento apresentado pela Anip. De janeiro a maio, as importações do segmento somaram mais de US$ 448,4 milhões, valor 54,9% superior ao obtido no mesmo período do ano passado, quando contabilizou US$ 289,4 milhões.
Na mesma base de comparação, as exportações também cresceram, mas em níveis inferiores. Os US$ 409,8 milhões registrados dos embarques acumulados representaram alta de 15,8% sobre os US$ 355,7 milhões apurados no ano passado.
Com os desempenhos de entradas e saídas, o déficit da balança comercial do setor chegou a US$ 38,6 milhões, 158% inferior ao superávit de quase US$ 66,3 milhões que apresentava do acumulado de janeiro a maio 2020.
“O destaque importante e bem negativo é que nossa balança comercial se tornou negativa também em dólar, acompanhando o desempenho já negativo em quantidade”, lamenta em nota Klaus Curt Müller, presidente executivo da Anip.
Em volume, enquanto as importações até maio cresceram 126%, com mais de 19,6 milhões de pneus, as exportações tiveram alta de 40,4% para pouco mais de 6 milhões de unidades. Um déficit de superior a 13 milhões de produtos.
No que se refere ao desempenho no mercado interno, as vendas de maio praticamente ficaram estáveis em maio em relação a abril, com leve baixa de 0,2%, com 4,58 milhões de pneus entregues. Nos cinco primeiros meses, o mercado absorveu 23,2 milhões de unidades, em alta de 36,1% na comparação com os 17 milhões negociados há um ano.
Do total vendido em maio, 1,10 milhão de pneus seguiram para abastecer montadoras, volume 276,4% maior que foi entregue no mesmo mês do ano passado, de 292,2 mil unidades. Cabe ressaltar que em maio de 2020, boa parte das montadoras se encontrava com produção suspensa devido às medidas para conter a pandemia. Já o mercado de reposição recebeu em maio 3,48 milhões de pneus, alta de 55,9% ante as 2,23 milhões de unidades negociadas com o varejo no quinto mês de 2020. (AutoIndústria)