Instalação de pontos de recarga em prédios será tema de evento

O Estado de S. Paulo/Mobilidade

 

A agenda do Salão da Mobilidade Elétrica e Cidades Inteligentes, que ocorrerá em São Paulo (SP), entre 23 e 25 de setembro, já tem um tema definido: a instalação de pontos de recarga para veículos elétricos e híbridos em prédios residenciais e comerciais, que, inclusive, já virou realidade na cidade de São Paulo. Em 31 de março, entrou em vigor uma lei municipal que obriga novos prédios a oferecerem o recurso aos moradores. A legislação definiu que a medição de uso do sistema será individualizada, com cobrança da energia utilizada apenas ao usuário.

 

É mais um passo importante que a sociedade dá no sentido de oferecer infraestrutura capaz de atender à crescente demanda por veículos elétricos. Em todo o mundo, várias montadoras anunciam planos ambiciosos com relação à transição para a mobilidade elétrica nos próximos anos.

 

No Brasil, a GM confirmou que adotará, aqui, sua estratégia global de não vender veículos a combustão a partir de 2035. Segundo a Associação Brasileira dos Proprietários de Veículos Elétricos Inovadores (Abravei), a frota de carros 100% elétricos rodando no País, hoje, é de, aproximadamente, 2.300 veículos.

 

A capital paulista segue os passos de Brasília, primeira cidade do País a adotar a legislação. “A lei terá um peso importante na decisão de compra de um futuro imóvel nos consumidores que já aderiram ao veículo elétrico. Para o mercado imobiliário, ela representa, inicialmente, um novo diferencial de vendas, como já foram itens como churrasqueira ou cozinha e varanda integradas”, explica Ricardo Guggisberg, presidente do Instituto Brasileiro de Mobilidade Sustentável (IBMS).

 

Para Rodrigo José de Almeida Vieira Dias, vice-presidente da Abravei, a nova lei é ótima aos usuários de elétricos que moram em prédios: “Agora, eles deixarão de depender da boa vontade do síndico para carregar seu carro”.

 

A Electric Mobility Brasil é especializada em soluções de carregamento para veículos elétricos. A empresa é pioneira, no Brasil, na área. Ela representa, no País, com exclusividade, os equipamentos da portuguesa Efacec Electric Mobility, um dos líderes mundiais do setor.

 

A Electric Mobility Brasil observa crescimento nos negócios, com muitas consultas de construtoras sobre seus equipamentos. “As vendas devem triplicar em 2021, em relação a 2020, com a nova legislação de São Paulo”, afirma Eduardo Souza, CEO da empresa, que está ampliando o quadro de funcionários e aprimorando os processos internos para atender à maior demanda. São Paulo representava 80% das suas vendas, por concentrar a maior parte dos consumidores de carros elétricos.

 

Caminhos para o futuro

 

“Esperamos, agora, que outras metrópoles brasileiras sigam o exemplo de São Paulo e Brasília. Isso dará mais tranquilidade aos usuários, ajudando a acabar com a ansiedade deles de definir onde carregar seus carros elétricos”, explica Eduardo Souza.

 

No Salão da Mobilidade Elétrica e Cidades Inteligentes, o assunto terá destaque, seja na feira, com as empresas do setor expondo suas soluções de carregamento, seja no Congresso da Mobilidade e Veículos Elétricos (C-MOVE), que chega à sua terceira edição como um dos mais importantes fóruns para discussão dos caminhos que o mercado de elétricos deverá seguir nos próximos anos. Serão dois dias de conteúdo, abordando esse e outros assuntos do setor – com apresentações online, ao vivo, de todo o conteúdo. (O Estado de S. Paulo/Mobilidade)