Novos tratores da Case IH têm conectividade, “dedo-duro” e design de carro de luxo

Globo Rural

 

Os novos tratores de alta potência Magnum AFS Connect, fabricados pela Case IH e voltados para os médios e grandes produtores de grãos – como soja e milho -, algodão e cana, prometem uma experiência de conectividade total entre máquina, operador, produtor, agrônomo e concessionário.

 

Os tradicionais Magnum, lançados no Brasil no final da década de 1990, agora saem de fábrica equipados com monitor, sistema operacional, receptor e hardware novos que permitem a transmissão em tempo real de dados agronômicos e da máquina para o gestor, além do compartilhamento com parceiros e empresas.

 

A linha de tratores tem agora duas novas potências, 380 e 400, que se juntam à família de 260, 290, 315 e 340 cavalos, projetando economia de combustível. A versão 235 deixa de ser produzida. A transmissão desenvolvida para esses modelos é de 21 marchas para frente e 5 atrás.

 

“A geração anterior do Magnum gravava as informações, mas era preciso fazer muitas verificações in loco e extrair os dados com um pendrive para analisar em um computador. Agora, os dados são transmitidos diretamente para a nuvem e podem ser acessados a qualquer distância, gerando mais eficiência à operação”, diz Silvio Campos, diretor de marketing de produto da Case IH, acrescentando que, mesmo se não houver internet, os dados podem ser gravados por sete dias e são transmitidos assim que o trator achar sinal.

 

O diretor aposta que a conectividade rural, hoje ainda um desafio no campo, vai dar um salto nos próximos anos tão acelerado quanto foi a mudança do celular simples para o smartphone, abrindo cada vez mais espaço para as máquinas conectadas.

 

Segundo o executivo, além das informações instantâneas, o produtor ou seu agrônomo poderão comparar os dados históricos de produtividade, plantio e outros gerados no Magnum para tomar decisões que melhorem a performance de sua lavoura.

 

A telemetria vai permitir ainda que a fábrica ou concessionária preste serviços remotos de assistência técnica ao equipamento. O diagnóstico remoto pode ser usado para manutenção de software à distância, para indicar ao técnico qual peça precisa ser trocada e para criar alertas prevenindo sobre a necessidade de revisão.

 

“Dedo-duro”

 

A tecnologia embarcada no Magnum também tem a função “dedo-duro”, ou seja, o gestor pode acessar à distância o visor da cabine e ver se o operador está seguindo as orientações de velocidade e outras ações planejadas.

 

Campos acredita que dois fatores vão impulsionar rapidamente a adoção da nova linha Magnum pelo produtor. O primeiro é o fato de a curva de adoção de novas tecnologias ser muito acentuada no Brasil. Ele dá como exemplo o piloto automático, que demorou três anos para chegar ao país, mas imediatamente passou a ser parte fundamental da operação nas fazendas.

 

O segundo fator é que o produtor está apto a valorizar os benefícios gerados por novas tecnologias devido à rentabilidade atual das lavouras. “Não temos a tempestade perfeita de 2013, melhor ano de venda de máquinas agrícolas da história, mas o momento é muito bom para a renovação da frota”, diz o diretor. (Globo Rural/Eliane Silva)