Nova plataforma veicular beneficia Polo Automotivo da Fiat em Betim

Diário do Comércio-MG/Reuters

 

A Stellantis, detentora da marca Fiat, inaugurou uma plataforma veicular em Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). Os investimentos realizados na Modular Architecture (MLA) são parte dos R$ 8,5 bilhões destinados ao Polo Automotivo da Fiat no município entre 2019 e 2025.

 

“A nova plataforma MLA faz parte dos investimentos da Stellantis no Polo Automotivo Fiat em Betim (MG). O montante é de R$ 8,5 bilhões pelo período de 2019 a 2025, que envolve também lançamentos no ano passado (Nova Strada), em 2021 (Nova Toro, 500 elétrico e seu novo SUV) e em 2022, com um segundo SUV de porte maior”, afirma o diretor de desenvolvimento de produto da Stellantis América do Sul, Marcio Tonani.

 

A nova plataforma MLA, de acordo com a Stellantis, conta com diferenciais importantes, foi desenvolvida pela equipe de engenharia América do Sul e estreia no novo SUV da Fiat.

 

“A plataforma MLA é a arquitetura veicular mais moderna já desenvolvida no Polo Automotivo de Betim. Os esforços da engenharia local foram concentrados em modularidade, segurança e performance”, diz Tonani.

 

Além disso, de acordo com o diretor de desenvolvimento de produto da Stellantis América do Sul, há também avanços no que diz respeito à utilização de materiais tecnológicos. “Esta nova arquitetura da Stellantis avança na utilização de materiais tecnológicos, nova geração de motopropulsores, eficiência energética, evolução da legislação (Rota 2030), segurança veicular e modularidade”, afirma.

 

Especificidades da plataforma MLA

 

No caso do novo SUV da Fiat, diz material divulgado pela Stellantis, a plataforma MLA conta com características como opção de motores turbo e aspirado e sistema de direção específico para o modelo.

 

“No caso específico do novo SUV da Fiat, a plataforma MLA traz novas suspensões dianteira e traseira, sistema de direção específico para o modelo, opção de motores turbo e aspirado, novas transmissões, além de uma exclusiva arquitetura elétrica com suporte a gestão inteligente do uso cada vez mais extenso da eletrônica, como a central multimídia de última geração e sistemas de auxílio à condução. Tudo isso sem abrir mão da otimização em eficiência energética, máxima performance em segurança ativa e passiva”, destaca o material.

 

Stellantis em números

 

Em abril, a Stellantis encerrou o mês com 31,6% de participação nas vendas totais de automóveis e comerciais no País, com mais de 52 mil unidades comercializadas. A Fiat foi a maior responsável pelo número de vendas no mês passado (36,4 mil). O número corresponde a 22,1% de participação no mercado brasileiro.

 

Nos primeiros quatro meses do ano, a Stellantis comercializou mais de 196 mil unidades, o que representa 29,6% de participação no mercado.

 

Planta na Itália deve ter paralisação

 

A Stellantis interromperá novamente a produção na fábrica de Melfi, no sul da Itália, no mês que vem, conforme a escassez global de chips e a fraca demanda ligada à pandemia de Covid-19 continuam afetando a indústria automotiva, afirmou o sindicato UILM na sexta-feira (29).

 

Marco Lomio, da UILM, disse que a empresa informou aos sindicatos que suspenderia a produção por vários dias em junho.

 

A empresa também alertou os sindicatos de que a paralisação poderia se estender até 1º de julho.

 

A quarta maior montadora do mundo disse no começo do mês que esperava que a falta de semicondutores afetasse a produção neste trimestre mais fortemente do que nos primeiros três meses do ano e que situação deve melhorar no segundo semestre de 2021. Mas alertou que a ruptura na indústria automobilística pode durar até 2022.

 

A Stellantis, formada no início do ano a partir da fusão da ítalo-americana Fiat Chrysler e da francesa PSA, fabrica os modelos Jeep Renegade e Compass e o Fiat 500X SUV compacto em Melfi, uma das maiores instalações de montagem do grupo na Itália.

 

Um porta-voz da Stellantis confirmou que a paralisação foi devido tanto ao problema de semicondutores quanto à fraca demanda do mercado. (Diário do Comércio-MG/Reuters/Juliana Siqueira)