O Estado de S. Paulo
A General Motors (GM) comunicou hoje a seus funcionários que vai parar completamente por seis semanas a produção da fábrica de São Caetano do Sul, no ABC paulista, em razão da falta de peças e adequação das linhas de montagem para a produção de uma nova picape.
O início da paralisação está previsto para 21 de junho, com retorno dos trabalhadores no dia 2 de agosto. Antes disso, porém, a montadora vai suspender já na próxima segunda-feira a jornada de produção noturna, com exceção dos setores de funilaria e pintura. Amanhã (quarta-feira), os funcionários da GM em São Caetano votam de forma online a proposta negociada com o sindicato de suspensão dos contratos de trabalho.
Procurada pelo Estadão/Broadcast, a GM informou que a medida é necessária diante dos impactos da pandemia na cadeia de suprimentos e o objetivo de manter os empregos. A montadora também confirma que a adaptação da fábrica para a produção da nova picape, prevista no plano de investimentos de R$ 10 bilhões, também afeta temporariamente a produção.
No último dia 10, a GM reativou o segundo turno de produção na fábrica de São José dos Campos, no interior de São Paulo, onde são montados a picape S10 e o utilitário esportivo TrailBlazer. A fábrica de Gravataí (RS), onde é fabricado o Onix, carro mais vendido do País, segue, porém, parada desde março por falta de componentes. O retorno dos trabalhadores do complexo, que estava previsto para o início de julho, foi adiado para 19 de julho, conforme informa o sindicato local.
Em nota, a GM diz que vem trabalhando com fornecedores para retomar a produção em Gravataí “o mais rápido possível”. (O Estado de S. Paulo/Eduardo Laguna)