AutoIndústria
Durante webinar promovido pela Fenasucro na tarde de ontem, o presidente da Volkswagen para a América do Sul, Pablo Di Si, defendeu a necessidade de políticas públicas para transformar o País em um importante polo de desenvolvimento do biocombustível, tanto visando à demanda interna como também às exportações, principalmente em mercados da América Latina e outros emergentes, como a Índia.
Na avaliação do executivo, o Brasil precisa pensar grande, precisa se mostrar para o mundo como um importante desenvolvedor de biocombustível: “O País precisa exportar tecnologia e não só o etanol”.
Ao falar sobre políticas públicas em sua apresentação, enfatizou o programa Combustíveis do Futuro/Rota 2050, que leva em conta o ciclo do poço a roda, ou seja, todas as emissões de um veículo, desde a produção do combustível ou da geração da eletricidade até o seu uso nas ruas.
Ao questionar sobre o futuro da indústria automotiva brasileira com a pergunta “protagonista ou coadjuvante?”, Di Si defendeu a criação de novas tecnologias para alavancar o País como motor de sustentabilidade no mundo, destacando que “o etanol pode ser uma tecnologia complementar para veículos a combustão, híbridos e elétricos, desenvolvida no Brasil com potencial para exportação”.
Com participação do governo, universidades, entidades e a a indústria, é necessário estimular as pesquisas para tornar o País um protagonista em toda essa história, comentou Di Si. Conforme dados apresentados por ele na webinar, o veículo híbrido com base no etanol tem o menor nível de emissão de CO2 no ciclo do poço a roda, o que tem de ser explorado pelo Brasil nesse contexto todo sobre o futuro dos veículos no mundo.
O programa Combustível do Futuro, lançado pelo Ministério das Minas e Energia em abril, foi a base do debate promovido pela Fenasucro. Segundo o diretor do departamento de biocombustíveis do ministério, Pietro Mendes, que participou do webinar, o Brasil não deve ficar fora da eletrificação. Na sua avaliação, é importante se adotar uma estratégia que aproveite o potencial dos biocombustíveis para ter uma frota de veículos equipados por vários tipos de motorização. (AutoIndústria/Alzira Rodrigues)