Jornal do Carro
O sucesso estrondoso do mercado de SUVs invadiu várias partes do mundo. É a categoria que mais cresce em vendas atualmente. Mas tem um outro nicho que promete render bons frutos às fabricantes de veículos num futuro próximo, o de picapes intermediárias.
Recentemente, a Fiat, que nada de braçada no segmento, renovou a picape Toro, conferindo visual diferenciado, adição de componentes e motorização inédita. Com isso, a ideia é que o veículo conquiste ainda mais clientes. No mês passado, o modelo foi o quarto colocado do ranking geral de vendas de automóveis e comerciais leves no Brasil. Em números, foram 6.682 unidades, de acordo com a Fenabrave, associação que reúne os concessionários do País.
No entanto, se depender da turma que vem aí, o sucesso da Toro está com os dias contados. Deixando a Renault Oroch de lado – que não representa qualquer ameaça ao modelo da Fiat, com apenas 967 emplacamentos no mês passado – Ford, Hyundai e Volkswagen vêm de olho nesses números. Respectivamente, Maverick, Santa Cruz e Tarok, todavia, devem desembarcar por aqui até o fim do ano que vem.
GM quer fatia do bolo de picapes intermediárias
E a mais recente candidata a entrar nessa disputa é a General Motors. A montadora, em síntese, anunciou, no comecinho da semana, que vai entrar no segmento de picapes intermediárias. Ainda não há nome, imagens, data de lançamento, tampouco especificações técnicas, entretanto, o que se sabe é que o modelo será feito em São Caetano do Sul, no ABC paulista.
Para isso, a GM do Brasil afirma que a reformulação da fábrica começa em alguns dias. Aliás, de acordo com a marca, a construção da novata (tomará o lugar da Montana, que tem vendas baixíssimas) tem base na plataforma modular GEM, utilizada por Onix, Onix Plus e Tracker.
Do SUV, inclusive, virá boa parte das características da nova picape. Informações apontam que os motores Flex com turbo, o acabamento e até mesmo alguns detalhes visuais terão compartilhamento entre os irmãos.
Prontas para a batalha
As picapes intermediárias nada mais são que as picapes médias de alguns anos atrás em termos de dimensões. Para quem não se lembra, modelos como Chevrolet S10 e Nissan Frontier, por exemplo, tinham exatamente o mesmo porte das atuais intermediárias, com altura e comprimento médios de, respectivamente, 1,70 metro e 4,80 metros. Porém, como foram crescendo (tanto em tamanho quanto em preço), abriram espaço para este novo nicho, que já tem personagem pronto para entrar em cena.
É o caso do trio supracitado – Ford Maverick, Hyundai Santa Cruz e Volkswagen Tarok. Ainda sem confirmação, mas com vendas praticamente certas no Brasil, as três não devem demorar a chegar.
A Santa Cruz, inclusive, já foi apresentada pela Hyundai. Com base do Tucson, nos EUA, chegará com o motor 2.5 aspirado de 190 cv e câmbio automático de oito marchas. Tem ainda o 2.5 turbo de 275 cv aliado ao câmbio automatizado com dupla embreagem e também oito marchas. A promessa e expectativa é chegar ao Brasil em 2022. Porém, não se sabe qual a configuração escolhida pela fabricante.
Quase lá!
Enquanto a Ford Maverick ainda insistia em manter segredo sobre suas formas oficiais (até ser flagrada durante a gravação de um comercial), a Volkswagen Tarok foi apresentada no Salão do Automóvel de São Paulo de 2018. Ainda um conceito, porém, denunciando que estaria praticamente pronta para o combate. O modelo usa plataforma modular MQB (de Polo, Nivus, T-Cross, Tiguan e companhia) e, após o descongelamento do projeto, poderá chegar ao País também em meados de 2022.
Cabe lembrar, por fim, que a Ford Maverick virá do México (importada para cá) entre o final deste ano e começo de 2022. Com construção monobloco, sua motorização ainda é um mistério e pode ficar entre 1.5 turbo e 2.0 turbo ou o 2.0 Duratec, que equipava os finados EcoSport e Focus. (Jornal do Carro)