AutoIndústria
As fabricantes de veículos produziram nos quatro primeiros meses do ano 46,1 mil caminhões, volume 83,9% superior ao obtido no primeiro quadrimestre do ano passado, de 15,1 ml unidades. Há de se considerar que o mesmo período do ano passado, especialmente a partir de meados de março e início abril, o parque indústria parou como medida para conter o avanço da pandemia.
Ainda assim, segundo levantamento da Anfavea, foi o melhor acumulado de janeiro a abril dos últimos sete anos. Também cabe lembrar que o crescimento expressivo se deu em meio às atuais dificuldades impostas por descompasso logístico, que resulta em desabastecimento de componentes, e pelas medidas adotadas no chão de fábrica para garantir distanciamento entre os trabalhadores, o que reduz o ritmo da produção.
“Mesmo com as dificuldades, com ruptura da cadeia de fornecimento global, as equipes de logística, de compras, RH e do chão de fábrica têm feito um trabalho excepcional. A indústria de veículo está conseguindo se reinventar em meio a pandemia”, observou Luiz Carlos Moraes, presidente da Anfavea, durante apresentação de balanço do setor, na última sexta-feira, 7.
Somente em abril, pouco mais de 13 mil caminhões saíram das linhas de montagem, volume 5% acima do março, quando foram produzidas 12.4 mil unidades. A comparação com mesmo mês do ano passado deixa de ter sentido devido uma base extremamente baixa, na ocasião com boa parte das fábricas fechadas, a produção registrou somente 403 caminhões.
Além da demanda do mercado interno, em crescimento de 48,9% nos primeiros quatro meses do ano, para 35,8 mil unidades, também as exportações contribuíram de maneira razoável no ritmo da produção. De janeiro a abril, os mercados externos absorveram 7,8 mil caminhões, volume 140,8% superior ao anotado no mesmo período do ano passado, de 2,9 mil unidades.
Com demanda ainda em baixa, a produção para segmento de transporte de passageiros acumulou de janeiro a abril pouco mais de 7 mil chassis, alta de 10,6% sobre as 6,3 mil unidades produzida um ano antes. O desempenho de abril, no entanto, apresentou um recuo 12,9% em relação a março, de 2,1 mil chassis para 1,8 mil. (AutoIndústria/Décio Costa)