América do Sul é destaque no balanço da Stellantis

AutoIndústria

 

Em seu primeiro balanço trimestral, a Stellantis, novo conglomerado automotivo mundial, destaca o desempenho positivo de suas operações na América do Sul. As receitas operacionais cresceram 31% na região, para € 2,1 bilhões, “principalmente devido a maiores volumes, preço líquido positivo e melhor mix de veículos, parcialmente compensado por efeitos negativos da conversão cambial, principalmente do Brasil”.

 

O grupo atingiu, no mundo, receita líquida de € 34,3 bilhões, ou € 37 bilhões no cálculo ajustado, que equivale à base pró-forma que considera os resultados do trimestre integralmente, embora a fusão que originou a Stellantis somente tenha sido formalizada em 16 de janeiro de 2021. O valor representa alta de 14% em relação ao desempenho combinado dos grupos FCA e PSA no mesmo período.

 

As vendas consolidadas somaram 1,47 milhão de unidades, ou 1,56 milhão de unidade na base pró-forma, uma tal de 11% em relação aos primeiros três meses de 2020. O grupo liderou os mercados da Europa e da América do Sul, com participação de 23,6% e de 22,2%, respectivamente, sobre os negócios automotivos totais nas regiões.

 

“Em nosso primeiro trimestre desde a fusão, a Stellantis registrou relevantes receitas, com o portfólio diversificado de marcas gerando volumes maiores, preços positivos e mix de produtos ampliado, apesar dos ventos contrários decorrentes da crise global de semicondutores”, afirmou Richard Palmer, diretor financeiro global da companhia.

 

De acordo com comunicado da empresa, as vendas consolidadas de 1,56 milhão de veículos refletem a demanda consistente do consumidor e um adequado mix de varejo, bem como o impacto das suspensões temporárias de produção relacionadas à pandemia da Covid-19 no primeiro trimestre de 2020.

 

“A expansão foi afetada pela escassez de semicondutores, estimando-se que os problemas de suprimentos representaram uma perda de aproximadamente 11% da produção planejada, o equivalente a 190 mil unidades no trimestre. Os níveis de suprimentos devem tender à normalidade a partir do segundo semestre deste ano”, destaca a Stellantis em seu balanço trimestral.

 

Com relação a América do Sul, a empresa destaca a liderança na região com 189 mil emplacamentos, o que representou avanço de 49% em relação aos volumes combinados em igual período do ano passado. O bom desempenho, segundo o comunicado, decorre da forte venda da picape Fiat Strada e da base de comparação retraída no primeiro trimestre de 2020, dentre outros fatores.

 

As projeções de desempenho global do grupo para 2021 estão mantidas, com projeção de expansão de 8% na América do Norte, 20% na América do Sul e 10% na Europa Ampliada. Oriente Médio e África devem crescer 15%, Índia e Ásia-Pacífico avançam 10%, e China tem expansão de 5%. A margem operacional deve situar-se entre 5,5% e 7,5%, a depender dos fatos relacionados à pandemia de Covida-19. (AutoIndústria)