Isto É Dinheiro/Reuters
A Unidas espera uma melhora significativa na capacidade das montadoras de veículos do país em entregarem carros no segundo semestre, depois de uma primeira metade em que o setor tem enfrentado falta de componentes como semicondutores, além das medidas de lockdown.
A expectativa decorre de conversas da companhia com montadoras e diante da vacinação contra Covid-19, o que faz a empresa crer em uma performance mais forte a partir do terceiro trimestre, afirmaram executivos durante teleconferência.
“As montadoras estão dizendo que gradativamente vão aumentar a produção. Temos tranquilidade que ao longo deste ano a frota do RAC (aluguel de carros) vai crescer muito forte, especialmente no segundo semestre”, afirmou o presidente da companhia, Luis Fernando Porto.
No primeiro trimestre, diante da restrição na oferta de veículos e medidas de isolamento social, a empresa chegou a reduzir a frota do segmento de aluguel de carros para apostar mais em seminovos e gestão de frotas de empresas.
“Quando estas medidas de restrição chegam, aluguel cai muito, mas quando acabam, o aluguel de carro sobe muito rápido”, afirmou o executivo.
Ele acrescentou que a Unidas não tem pretensão de reduzir o nível de ocupação da frota de aluguel, de 80%, mesmo se a oferta de veículos for normalizada pelas montadoras.
Segundo o executivo, a Unidas tem uma carteira de mais de 20 mil carros para entregar na área de aluguel de frota e pode atrasar a entrega a clientes por causa das restrições atuais na oferta das montadoras.
E após as flexibilizações das medidas mais duras de isolamento social tomadas em várias partes do país em março, os negócios na área de aluguel de carros “estão retomando muito bem” em abril, disse Porto.
Na B3, a ação da Unidas subia 1,31% às 14:14, enquanto o Ibovespa recuava 0,35%. (Isto É Dinheiro/Reuters/Alberto Alerigi Jr.)