AutoIndústria
A falta de produtos decorrente das dificuldades com fornecimento de peças e também das medidas restritivas impostas pela pandemia da Covid-19 está favorecendo o segmento de consórcio. No caso do Consórcio New Holland, foram comercializados R$ 158,5 milhões em créditos no primeiro trimestre, alta de 62,2% frente aos R$ 97,7 milhões do mesmo período de 2020.
Já são 1.057 cotas comercializadas em 2021, referentes a tratores, colheitadeiras e outros produtos. Ano passado foram 700 nos primeiros três meses. Em março, o Consórcio New Holland bateu recorde mensal em vendas, atingindo R$ 72,5 milhões.
Mariton Moraes, gerente comercial do Consórcio New Holland, prevê que a administradora fechará 2021 com R$ 570 milhões em créditos comercializados, ante os R$ 500 milhões de 2020. Segundo ele, a rede de concessionárias da marca vem fazendo amplo trabalho para fidelizar clientes e o consórcio é um componente importante nesse processo.
“A falta de produtos na fábrica, por causa de férias coletivas e outras paralisações decorrentes da pandemia, tem gerado falta de produtos na rede”, lembra Moraes. “Dependendo do modelo, o cliente só vai recebê-lo no segundo semestre. Daí o vendedor oferece o consórcio como opção de venda programada e, com isso, o interesse pela modalidade vem sendo crescente”.
Dentre as vantagens oferecidas pelo Consórcio New Holland, o executivo destaca a prioridade de entrega do produto ao consorciado contemplado. “Como há falta de produtos, isso acaba sendo um atrativo adicional, pois o consumidor terá de esperar de qualquer jeito e no caso do consórcio não há juros”.
Moraes revela que há escassez inclusive de máquinas agrícolas usadas: “Não acredita que todas essas dificuldades decorrentes da pandemia serão resolvidas neste semestre. A situação só vai melhorar mesmo quando a vacinação estiver mais avançada, talvez mais para o final do ano”.
O excelente momento do agronegócio também tem sido decisivo para o crescimento das vendas de consórcio no segmento de pesados em geral, incluindo caminhões e implementos, além das máquinas agrícolas. A New Holland conta hoje com 58 grupos operando sua rede de concessionárias, num total de 250 pontos de venda.
Segundo o gerente comercial do Consórcio New Holland, que é administrado pela Ademicon, o tíquete médio dos negócios com produtos da marca deve subir este ano, atingindo R$ 160 mil ante os R$ 140 mil de 2020. Um dos motivos é a alta no preço dos produtos que vem sendo inevitável nos últimos meses.
“Temos um portfólio diversificado de máquinas para produção e construção, contando com diferentes opções de modelos e parcelas, de acordo com a necessidade e o orçamento do cliente”, destaca Moraes. Com uma carteira de 14 mil cliente ativos, o consórcio da marca ampliou este ano o índice de conversão de compra. “No ano passado, 61% dos que compravam cotas do nosso consórcio acabava adquirindo um produto New Holland. Esse ano o índice está em 82%. (AutoIndústria/Alzira Rodrigues)