Situação da General Motors é a mais crítica

AutoIndústria

 

Além das restrições impostas pelo agravamento da pandemia, que paralisou sua produção em São Caetano do Sul, SP, esta semana, a General Motors também continua enfrentando problemas sérios de abastecimento de peças e matéria-prima, a ponto de prorrogar para junho a volta das operações de Gravataí, RS, suspensas desde 1º de março.

 

Em São José dos Campos, no interior paulista, a empresa está operando em 1 turno desde 8 de março, medida com duração prevista de dois meses também por causa do desabastecimento de componentes, dentre os quais os micondutores. A princípio, na fábrica gaúcha, a programação era a de ter retornado no último dia 20.

 

Em comunicado, a empresa informa que “a cadeia de suprimentos da indústria automotiva na América do Sul tem sido impactada pelas paradas de produção durante a pandemia e pela recuperação do mercado mais rápida que o esperado”, o que afetou de forma temporária o cronograma de produção de Gravataí.

 

“A produção nesta unidade será interrompida nos meses de abril e maio, podendo ter efeitos em junho, retornando ao volume de produção regular em julho”, informa a GM. Com todo esse tempo parada, a GM certamente perderá espaço no mercado brasileiro, visto que lá é produzido o Onix, carro de maios demanda no País.

 

Com relação à fábrica de São Caetano do Sul, a paralisação é decorrência da decisão da prefeitura local de antecipar para esta semana feriados de 2021 e 2022. Tanto em São José dos Campos como em Gravataí os metalúrgicos aprovaram, em assembleias online, a suspensão do contrato de trabalho pelo período de dois a cinco meses, a depender das dificuldades da empresa em reabastecer seus estoques de peças e componentes.

 

Além da General Motors, várias outras empresas estão com produção paralisadas, em geral por causa do agravamento da crise sanitária. No ABC, o sindicato negociou, com sucesso, a parada das operações da Volkswagen, Scania e Mercedes-Benz. (AutoIndústria/Alzira Rodrigues)