AutoIndústria
Após encerrar 2020 com números melhores do que os estimados no início da pandemia, a indústria de autopeças espera resultados positivos para este ano, prometendo ampliar investimentos e também o quadro de mão de obra, que foi fortemente atingido no ano passado.
Em sua projeção mais recente, o Sindipeças estima crescimento de 14,6% no faturamento líquido do setor, que deve chegar a R$ 142,6 bilhões, ante os R$ 124,5 bilhões do ano passado, obtidos a partir das vendas para montadoras, reposição, mercado externo e transações intersetoriais. A queda em 2020 sobre 2019, quando a receita ficou em R$ 150,9, foi de 17,6%.
Os investimentos em 2021 são estimados em R$ 990 milhões, valor 52% superior ao registrado no ano passado, que foi de apenas R$ 650 milhões. Apesar dessa elevação em índice expressivo, o aporte da indústria de autopeças este ano ainda estará aquém de números históricos, como o total de R$ 1,9 bilhão aplicado em 2015 e de US$ 1,12 bilhão em 2019.
Por causa da pandemia, o setor reduziu seu quadro de mão de obra no ano passado em 21 mil postos de trabalho, fechando 2020 com efetivo de 232,9 mil funcionários. O ritmo de recontratação no segundo semestre foi mais acelerado do que o Sindipeças havia previsto, mas não em volume suficiente para repor as perdas do primeiro período do ano.
Pelas estimativas da entidade, a indústria de autopeças deve atingir este ano um quadro de 237,8 mil empregados, o que significa perto de 4,9 mil contratações. Ou seja, um efetivo ainda bem inferior ao de 2019, quando empregava 254,3 mil pessoas.
Com relação aos negócios externos, o Sindipeças prevê alta de 17,2% nas exportações, que passariam de US$ 5,42 bilhões para US$ 6,35 bilhões. As importações devem crescer 19,2%, de US$ 8,17 bilhões para US$ 9,74 bilhões, com o déficit comercial ficando em US$ 3,39 bilhões, valor 23% superior ao do saldo negativo de 2020, que foi de US$ 2,75 bilhões. (AutoIndústria/Alzira Rodrigues)