Jornal do Carro
A recarga de carros elétricos sempre foi um desafio para a indústria. Além do tempo necessário, são poucos os países que possuem uma rede de abastecimento estabelecida. Da mesma forma, prover eletricidade pode não ser uma boa ideia. É o que pensa Horace Hobbs, economista-chefe da refinaria norte-americana Phillips 66.
Para Hobbs, o carregamento é lento e “terrivelmente caro” em relação ao custo da recarga doméstica. “Não há uma frota (de carros elétricos) para manter os carregadores funcionando. E nem uma taxa que suporte economicamente colocá-los em mais pontos”, disse. O economista participava, então, de uma conferência da IHS Markit.
Atualmente, só 2% dos 7.000 pontos de vendas da Phillips 66 oferecem recarga para carros elétricos. Para Hobbs, o raciocínio é simples: a refinaria precisaria, portanto, pedir aos clientes que paguem mais caro pela recarga em seus postos, do que nas suas casas. Ou seja, não faz sentido.
Assim, Horace Hobbs espera o crescimento dos veículos elétricos nos EUA. Entretanto, acredita que a maioria dos proprietários vai fazer a recarga doméstica. “Achamos que essa é a solução ideal. Assim, a eletricidade fica mais barata. E o cliente, mais satisfeito”, completou.
Recarga
Segundo Hobbs, a única experiência com retorno até agora foi na Europa, em pontos de recarga em estacionamentos. De resto, as estações “não são um best-seller descontrolado”. Ao contrário. Elas podem, então, se tornar simplesmente inviáveis de serem mantidas. E num futuro próximo.
Transição para o carro elétrico já começou
A transição do carro a combustão para o elétrico acelerou neste início de 2021. A britânica Jaguar e a sueca Volvo anunciaram que vão produzir somente elétricos já nos próximos anos. A maioria das montadoras pretende abandonar o motor a combustão, no mais tardar, até 2030. E neutralizar, assim, as emissões de carbono. (Jornal do Carro)