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Os funcionários da fábrica da Ford em Taubaté aprovaram em assembleia nesta quinta-feira (18) o acordo feito entre sindicato e empresa em audiência na Justiça do Trabalho. O acordo prevê a suspensão das demissões na unidade até 5 de março e retomada das atividades até o dia 22 de fevereiro, além de reuniões para discutir alternativas.
A assembleia começou por volta das 8h com representantes sindicais e funcionários da fábrica. A reunião foi para a apresentação do acordo discutido na Justiça nesta quarta-feira (17). Os cerca de 800 funcionários estiveram na votação que aprovou a proposta.
Na audiência, a Ford aceitou a proposta de suspensão das demissões, mas com data de 5 de março. No dia 5 de fevereiro a Justiça havia concedido liminar suspendendo as demissões na empresa até um acordo entre as partes.
O documento ainda prevê reuniões semanais para discutir o acordo alternativas para a saída da fábrica no Brasil. No último mês, a empresa chegou a apresentar uma proposta, mas o acordo foi rejeitado pelos trabalhadores.
Além disso, o acordo prevê a retomada do trabalho na fábrica, suspenso desde o dia 11 de janeiro quando a Ford anunciou o fim da produção no país, e reuniões com os dirigentes mundiais da empresa com a direção do sindicato para a discussão da proposta. A reunião está prevista para o dia 25 de fevereiro.
Principais pontos do acordo
- A empresa assegura salários e benefícios aos empregados, convocados ou não ao trabalho, no curso da negociação;
- Suspensão da tramitação até o dia 05 de março de 2021;
- As partes realizarão reuniões diretamente as terças-feiras e quintas-feiras, na sede da empresa, retomando as negociações diretas;
- Início das atividades da fábrica de Taubaté no próximo dia 22, turno das 6h, para realização dos trabalhos que a empresa entender pertinentes. A reunião desta quinta-feira (18) servirá para tratar do quadro de empregados a serem utilizados na retomada, bem como cronograma de trabalho do próximo mês;
- Por solicitação do sindicato, até o dia 25/02/2021, a empresa se compromete a viabilizar encontro dos dirigentes sindicais com executivos de alto nível, com poderes de decisão de reverter o encerramento das atividades, cabendo à entidade de trabalhadores levar proposta concreta de alternativas em tal sentido;
No que se refere às reuniões, o sindicato, por intermédio de seu presidente, poderá valer-se de auxílio técnico de um profissional do DIEESE e de um tradutor, desde que tais pessoas ou entidades assumam compromisso de sigilo quanto a dados e informações. (Portal G1 Vale do Paraíba e Região)