Estradão
As vendas de pneus de carga cresceram 24,2% em janeiro de 2021. Assim, no primeiro mês do ano foram vendidas 650.028 unidades. Ou seja, 126.799 a mais que as 523.229 de janeiro de 2020. De acordo com dados divulgados pela Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos (ANIP),
O mercado de reposição apresentou alta mais acentuada na comparação anual. Em janeiro de 2020, as vendas foram de 495.994 unidades. Nesse sentido, houve alta de 26,4% ante os 392.470 pneus vendidos em janeiro de 2020.
As vendas de pneus de carga para as montadoras cresceram 18,8% em janeiro. Ou seja, foram 154.634 unidades. No primeiro mês de 2020 as vendas somaram 130.759 unidades.
O desempenho na comparação com dezembro, no entanto, foi menor com alta de 0,7%. O mercado de reposição cresceu 1%, contudo as vendas para as montadoras caíram 2,1% no período.
O aumento das vendas em janeiro é, em partes, reflexo do ritmo de produção das montadoras de caminhões. No mês, elas produziram 9,4% a mais do que janeiro do ano passado (7.200).
Desabastecimento e importação
Apesar do ritmo mais acelerado e do cenário positivo, a Anfavea vem alertando sobre atrasos nas entregas de insumos, sobretudo de pneus e aço. Segundo a associação das montadoras, há várias fábricas enfrentando dificuldades por causa disso.
Uma das saídas para minimizar o desabastecimento seria aumentar a oferta de pneus importados. Segundo o presidente da Associação Brasileira dos Importadores e Distribuidores de Pneus (Abidip), Ricardo Alipio da Costa, é fundamental a vinda de mais marcas importadas. De acordo com ele, isso ajudaria a estimular a evolução tecnológica e a conter as altas de preços. Sobretudo porque da forma como está, o transporte de cargas fica mais caro e o produto brasileiro deixa de ser competitivo.
Para equilibrar o mercado e proteger as fabricantes que produzem no Brasil, há a lei antidumping. Com isso, pneus vindos da Ásia, principalmente, pagam sobretaxa para entrar no País.
Por fim, nesta semana a Câmara de Comércio Exterior (Camex) vai definir se mantém a sobretaxa. Assim, a medida impacta a importação de pneus da Coreia do Sul, Tailândia e Taiwan, por exemplo. (Estradão)