Volvo prevê alta de 40% nas vendas de semipesados e pesados em 2021

Estradão

 

A Volvo projeta vendas expressivas no mercado de caminhões novos no Brasil em 2021. De acordo com informações da marca os segmentos de semipesados e pesados devem crescer 40%. Em 2020, foram vendidos 67,5 mil desses caminhões, segundo dados da Anfavea. Desse total, a Volvo obteve 22,2% de participação, com 14.976 emplacamentos.

 

Segundo a Volvo, a alta na demanda será puxada principalmente pelos setores de agronegócio e minério de ferro. A marca sueca também aposta no potencial da área de construção civil que está em recuperação gradual.

 

Presidente do Grupo Volvo América Latina, Wilson Lirmann disse há outros sinais positivos. Segundo ele, as taxas de juros mais baixas e o avanço da vacinação – que ajudará na recuperação da economia – vão favorecer as vendas de caminhões.

 

Assim, a Volvo continuará apostando nos modelos FH 540 e FH 460. Nesse sentido, os dois foram os caminhões mais emplacados no Brasil em 2020. Ou seja: a Volvo vendeu f 5.870 unidades do FH 540 e 3.936 unidades do FH 460.

 

Vocacionais

 

Além disso, as vendas de caminhões vocacionais devem crescer. Sobretudo os fora-de-estrada, que já respondem por 12% das vendas totais da empresa no Brasil.

 

Nesse sentido, houve alta de 34% nos emplacamentos em 2020 na comparação com 2020. Segundo a Volvo, os pedidos do setor de mineração cresceram 90%. Em seguida está o segmento de construção, com alta de 87% na demanda. Logo depois vem a cana de açúcar, com 32% de alta.

 

Segundo a Volvo haverá investimentos também na oferta de serviços e peças. Com isso, o objetivo é aumentar os resultados em relação aos do ano passado.

 

Diretor executivo de caminhões da Volvo Brasil, Alcides Cavalcanti diz que a marca tinha 27 mil contratos de manutenção ativos em dezembro. “Isso significa que a cada dez caminhões vendidos, oito são entregues com contrato de manutenção”, afirma.

 

Peças e Serviços

 

Segundo Cavalcanti, o comércio eletrônico de peças também se destacou em 2020. De acordo com ela, a alta foi 15% no número de pedidos. Além disso, a tendência é que a alta continue ao longo de 2021.

 

Enfim, o cenário é favorável para as vendas de caminhões em 2021. Mas a Volvo, assim como as demais fabricantes instaladas no Brasil, estão enfrentando dificuldades. Afinal, todas sofrem com a falta de peças e insumos para abastecer as linhas de produções.

 

Além disso, segundo Lirmman, está havendo uma alta substancial nos preços de pneus, aço e até semicondutores. “Esse aumento está ocorrendo há algum tempo e já nos obrigou a aumentar o preço dos caminhões”, diz. De acordo com ele, se a situação não mudar serão feitos novos reajustes.

 

Segundo a Volvo, o Brasil é o segundo maior mercado do mundo para seus caminhões. O maior são os Estados Unidos. No País, a marca detém 29% de participação. Portanto, segundo o presidente da Volvo, o grupo tem boas perspectivas para o mercado brasileiro para os próximos anos. (Estradão)