Estradão
As vendas de consórcio de veículos pesados em 2021 deverão crescer 15%. Ou seja, haverá aumento no segmento de caminhões e implementos rodoviários. As informações são da Associação Brasileira das Administradoras de Consórcios (ABAC).
Presidente da ABAC, Paulo Rossi diz que projeção de alta é baseada nos resultados alcançados em 2020. E, também, pela mudança no comportamento do consumidor.
“Por causa do isolamento social, muitos consumidores colocaram em prática planejamentos, pesquisas e simulações. Isso os levaram, portanto, a escolher o consórcio”, diz.
De acordo com Rossi, apesar de o Brasil ainda da pandemia do novo coronavírus, o interesse por essa modalidade de compra está crescendo. “Se houver repetição dos índices alcançados em 2020, os resultados serão expressivos”, diz.
Outro fator que deverá impulsionar a compra de caminhões e implementos via consórcio é o agronegócio. A projeção recorde da safra 2020/2021, com 268, 9 milhões de toneladas de grãos, deverá estimular novos negócios.
Consórcio tem 380 mil participantes ativos
No ano passado, o sistema de consórcio vendeu 108,77 mil novas cotas (principalmente de caminhões). O volume é 13,4% superior as 94,83 mil vendidas em 2019.
O valor do ticket médio ficou em R$ 193,29 mil em 2020, alta de 20% sobre os R$ 161,10 mil registrados em 2019.
De acordo com a ABAC, o volume de créditos comercializados também cresceu. De janeiro a dezembro foram R$ 21,02 bilhões – alta de 37,65 sobre o ano anterior (R$ 15,26 bilhões). Em 2020 foram 40,44 mil contemplados, crescimento de 4,84 sobre os 38,560 mil em 2019. Já o número de participantes ativos ficou em 380,12 mil, portanto 13,4% maior do que o ano anterior (335,08 mil).
O consórcio de veículos pesados, especialmente caminhões, é uma boa opção para quem quer planejar a compra. E atrai tanto transportadoras, que precisam ampliar ou renovar a frota, quanto caminhoneiros autônomos. Nesse caso, a vantagem é o pagamento do bem em número de parcelas maior que no Crédito Direto ao Consumidor (CDC), por exemplo.
As grandes transportadoras já têm a prática de adquirir cotas de consórcio como parte de seu planejamento financeiro de médio e longo prazos. No entanto, estamos percebendo a adesão de (novas) empresas e autônomos que entenderam a importância de se planejar”, diz Rossi. (Estradão)