Saiba o que fazer para enfrentar alagamentos e reduzir prejuízos no carro

A Tarde

 

Todo verão as chuvas fortes pegam muitos motoristas de surpresa. Em pouco tempo, ruas e avenidas ficam alagadas, e tudo acontece muito rapidamente. Na Cidade Baixa, por exemplo, é comum encontrar motoristas tentando se livrar dos alagamentos. Por isso, é importante ter em mente alguns procedimentos para evitar prejuízos. E se a enchente for inevitável, é importante saber agir.

 

De acordo com Elielton Ribeiro, supervisor do Centro Automotivo da Ferreira Costa, em ruas desconhecidas é indicado verificar o nível de água. “Caso não seja perceptível, uma dica é verificar o nível de água tendo como referência o passeio. A altura da água deve estar abaixo do meio da roda, caso esteja acima é indicado desistir de seguir em frente. Pare o veículo em um local seguro e aguarde.”

 

Caso o carro interrompa, é fundamental deixá-lo desligado para reduzir as chances de prejuízos causados pela água na câmara de combustão. “Se o carro estiver ligado, provocará diversos danos aos componentes internos. Chame o seguro. Se não tiver seguro, chame um guincho.”

 

Na passagem por áreas alagadas, o motorista deve manter a rotação do veículo constante ou em torno de 2.500 rpm. “Não o deixe pegar muita velocidade, isso evitará que a água entre no sistema de respiro do motor e provoque o temido calço hidráulico. Ou seja, quando a água invade os cilindros e impede o curso dos pistões, provocando aumento do esforço sobre os demais componentes e causando grandes problemas ao motor”, informa o especialista.

 

Se a água entrar no veículo, é aconselhável levar o carro a uma oficina, onde passará por avaliação dos componentes mecânicos e eletrônicos: verificação do óleo da transmissão e dos eixos diferenciais, checagem do filtro de ar, sistema elétrico, sistema de ventilação e limpeza dos estofados, além do óleo do motor, que poderá ser substituído. “Caso tenha muita lama, é melhor levar de imediato a um lava-jato, para a total lavagem dos carpetes, motor e partes internas e depois para a oficina”, conclui Ribeiro. (A Tarde/Lucia Camargo Nunes)