Indiano Renault Kiger pode ganhar passaporte brasileiro

AutoIndústria

 

Os admiradores de SUVs, especialmente os da Renault, devem voltar suas atenções para a Índia. A marca francesa apresentou no país asiático, nesta quinta-feira, 28, o Kiger, um utilitário esportivo subcompacto que tem tudo para ganhar passaporte brasileiro em breve. E por duas razões: falta um modelo do segmento para a Renault aqui e o Kiger, com pouco menos de 4 metros, é, pode-se dizer, uma versão avantajada do nosso conhecido Kwid.

 

Modelo global, como afirma a própria Renault, o Kiger utiliza a plataforma CMF-A+, uma versão ampliada da utilizada no Kwid e que já está presente no Nissan Magnite, lançado na Índia no fim do ano passado e clara alternativa dos japoneses para substituir o aposentado March no Brasil já como linha 2022.

 

Renault Kiger

 

Como Renault e Nissan assumem que terão vários produtos siameses e produção compartilhada em alguns mercados, nada mais provável do que o Kiger também sair de uma das duas fábricas das parceiras: a da Nissan em Resende, RJ, ou, naturalmente com mais possibilidades, da própria unidade da Renault em São José dos Pinhais, atual base produtiva do Kwid.

 

“Kiger é um novo SUV compacto projetado na Índia e inicialmente destinado a esse mercado, antes de ser comercializado internacionalmente em uma segunda fase”, assume a Renault.

 

Na Índia, o novo SUV urbano, que traz muitos elementos estéticos da segunda geração do Kwid já à venda lá, terá motor 1.0 aspirado de três cilindros, que desenvolve 72 cv, e outro 1.0 turbo, também de três cilindros, com 100 cv. A montadora oferecerá transmissões manuais, automatizadas e CVT.

 

No interior, destaque para a tela de 8 polegadas do multimídia, com conexão Bluetooth e Wifi, e recursos como sistema Multi-Sense, que permite ao motorista escolher diferentes modos de direção.

 

Ter um SUV compacto será fundamental para as pretensões da Renault de deter maior participação no principal mercado automotivo da América do Sul. Em 2020, com 528 unidades, pela primeira vez os utilitários esportivos formaram o segmento de maior volume negociado no Brasil, responsável por 32,7% dos licenciamentos de automóveis.

 

Porém, com Duster (19,5 mil unidades) e Captur (10,9 mil), a Renault foi apenas a sétima marca mais vendida, deteve somente 5,8% do segmento, enquanto no mercado total de automoveis esbarrou em 7,5% e encerrou na quinta colocação. (AutoIndústria/George Guimarães)