Estradão
A Gerdau passou a utilizar o primeiro caminhão a gás em operações de mineração no Brasil. Trata-se de Scania G410 6×4. O caminhão vai circular nas operações da fabricante de aço na mina Várzea do Lopes, em Itabirito (MG).
A Fagundes Construção e Mineração S.A vai operar o caminhão. A empresa contará com o suporte da Casa Scania WLM Itaipu. Todos os motoristas da Fagundes passarão por uma capacitação específica para operar o equipamento.
“Há cerca de 120 anos trabalhamos para conectar pessoas que constroem um futuro mais colaborativo. A parceria com a Scania, com a solução do caminhão a gás natural, é um exemplo de uma ação virtuosa”, dizo gerente-geral de Suprimentos da Gerdau, Vinícius Fernandes de Moura.
Caminhão a gás e a menor emissão
Para a Scania, oferecer o caminhão a gás no Brasil visa a redução de consumo. E também de emissão de CO2 na comparação com modelos equivalentes com motor a diesel. Na operação rodoviária, a redução de emissões de CO2 chega a 15%. As informações são da fabricante.
“A Scania vem liderando a transição para um sistema de transporte menos poluente. O caminhão a gás vem sendo um sucesso no modal rodoviário. Agora, vamos inovar outra vez no mercado fora de estrada. Uma ação que também é inédita globalmente para a marca”, diz o diretor de vendas de soluções da Scania no Brasil, Silvio Munhoz.
A fabricante iniciou as vendas de caminhões a gás no Brasil em outubro de 2019. A estreia ocorreu durante o Salão Internacional dos Transportes (Fenatran), em São Paulo.
As entregas começaram em maio de 2020. A Scania vendeu 70 unidades para diferentes tipos de operação, como indústrias de cosméticos e alimentos.
Operação mais sustentável
O caminhão que será utilizado em mineração tem cabine “G”. Essa solução é a mais adequada para operações no fora-de-estrada. O modelo tem tração 6×4 e caçamba com capacidade de 16 m³. O conjunto fará a transferência do minério de ferro e estéril franco.
O abastecimento do gás natural veicular (GNV) é de responsabilidade da Logás. A base de abastecimento ficará dentro da própria operação. E ocorrerá em uma estação compacta que está sendo construída pela Gerdau.
O reabastecimento é feito em cerca de 15 minutos. Isso, segundo as empresas, não compromete a disponibilidade do caminhão no dia a dia.
Autonomia de até 300 km
A operação é intensa – o caminhão vai rodar 24 horas por dia, sete dias por semana. A expectativa é que, com um cilindro de 10 m³, a autonomia seja de 250 a 300 km.
O modelo contará com o Programa de Manutenção Scania Premium Flexível. “Trata-se do programa mais completo da marca no País e adaptado às características da operação de mineração, que são diferentes do modal rodoviário”, diz o gerente de vendas de soluções para mineração da Scania no Brasil, Fabrício Vieira.
“A Gerdau e a Fagundes também vão acompanhar o desempenho a partir dos dados obtidos pelo sistema de conectividade, e aplicar melhorias onde for necessário”, diz Vieira.
Tecnicamente ajustado
Os caminhões pesados da Scania movidos a GNV, GNL e/ou biometano têm motores de ciclo Otto. Trata-se do mesmo tipo utilizado na maioria dos automóveis.
E podem utilizar a mistura dos com combustíveis em qualquer proporção. Esses motores são mais silenciosos e com desempenho e força semelhantes aos oferecidos por modelos a diesel.
Segundo informações da Scania, a segurança é total em caso de acidente. Os cilindros são feitos de metal de alta resistência e as válvulas são certificados pelo Inmetro. Há três tipos: de vazão, pressão e temperatura, que liberam o gás em caso de anomalia. (Estradão)