AutoIndústria
O mercado interno de máquinas agrícolas e rodoviárias teve um novembro muito bom. Foram negociadas no mês passado nada menos do 4,3 mil unidades, melhor resultado para o mês desde 2014 e 29,5% maior do que em novembro do ano passado.
Porém, esse desempenho superior, avalia Ana Helena Andrade, diretora da Anfavea, respeita a sazonalidade do segmento, tradicionalmente mais fraco do que nos meses anteriores. Tanto que novamente este ano novembro foi ligeiramente inferior a outubro e setembro, quando chegaram ao campo e aos canteiros de obras, respectivamente, 4,5 mil e 4,8 mil equipamentos.
De qualquer forma, serviu para aproximar o mercado brasileiro dos números de 2019, quando 43,9 mil unidades foram negociadas, e praticamente igualar as 42,4 mil máquinas de 2017. Foram 42,1 mil em onze meses, 3,8% a mais do que em igual período do ano passado.
O número confirma ainda a tendência, apesar de todos os percalços da economia, de crescimento anual da ordem de 5%, índice até superior do que a Anfavea declarou no começo de 2020.
Em outubro, a entidade reviu suas projeções para o setor e estimou vendas de quase 46 mil equipamentos ao longo de 2020, com os negócios de máquinas agrícolas evoluindo 3%, para cerca de 40,5 mil unidades, enquanto o de rodoviárias deve crescer bem mais, perto de 20%, e chegar a 5,4 mil unidades.
O mercado interno, em particular o agronegócio, tem sido o motor da produção de máquinas. Se dependesse das exportações, as linhas de montagem estariam em ritmo muito mais lento, já que elas acumulam apenas 8 mil unidades embarcadas de janeiro a novembro, recuo de 32,7%.
Em novembro, seguiram para outros mercados somente 804 máquinas. “Os principais países consumidores, principalmente os da América Latina, ainda não se recuperaram”, reforça a diretora da Anfavea.
O balanço de mercado ascendente e de exportações em forte queda, mantém também as linhas de montagem na rota das 51 mil máquinas projetadas em outubro, ante 56,1 mil do começo do ano e das 53,1 mil consolidadas em 2019. A queda anual, assim, será de 4%, um desempenho bem inferior ao crescimento de 5,4% imaginados inicialmente. (AutoIndústria)