Toyota demite via PDV, mas mostra otimismo quanto a 2021

AutoIndústria

 

Após o lançamento da nova Hylux em evento virtual, o presidente da Toyota do Brasil atendeu um grupo de jornalistas para falar das expectativas com relação ao modelo, ao mercado brasileiro e ao próprio desempenho da marca em 2021.

 

O executivo confirmou corte de 10% do efetivo da empresa a partir de PDVs, Programa de Demissão Voluntária, abertos na fábrica de Indaiatuba, SP, e na área administrativa, com a dispensa de 600 empregados (cerca de 300 em cada caso) dos 6 mil de todas as operações da empresa no Brasil.

 

Foi certamente um dado negativo dentro da pandemia que assolou o mundo este ano, mas Chang disse que a pandemia trouxe muito aprendizado: “Acertamos nossos custos e nos tornamos muito mais eficientes este ano”.

 

Ao comentar sobre a recuperação do mercado brasileiro e de outros países da região em níveis bem mais acelerados do que os previstos inicialmente, o presidente da Toyota previu a venda de 2,5 de automóveis e comerciais leves no País em 2021, o que representaria crescimento de 25% sobre a estimativa de 2 milhões para este ano.

 

E projeta um desempenho ainda melhor para a marca, que deve encerrar 2020 com 130 mil emplacamentos e quer chegar a 180 mil no ano que vem, com alta de 38,5%. Chang acredita que já em 2021 a empresa voltará a operar a plena capacidade tanto no Brasil – 170 mil unidades nas fábrica de Indaiatuba e Sorocaba, SP, assim como na de Zárate, na Argentina, onde a capacidade da picape Hilux, que tem 44% da produção destinada ao mercado brasileiro, é de 140 mil unidades.

 

Comentou que a empresa está retomando níveis de exportação pré-pandemia e disse que em função da desvalorização do real vem buscando aumento o índice de localização de autopeças. Também garantiu que o investimento de R$ 1 bilhão na fábrica de Sorocaba não sofreu qualquer impacto, confirmando um novo produto (como se sabe, um SUV) para o ano que vem.

 

Operando atualmente em dois turnos no Brasil, Chang avalia que só mesmo uma segunda onda da Covid-19 pode atrapalhar as projeções de crescimento do País e do mercado para 2021. “Espero que não ocorra aqui como está acontecendo na Europa. Se ela vier, as previsões mudam”.

 

Comentou ainda sobre veículos eletrificados, mas disse que por enquanto não está definida a produção de motores híbridos no Brasil. “Essa decisão depende de volume”, explicou. Também admitiu que há planos de uma versão eletrificada para a Hilux – elétrica ou híbrida -, mas garantiu que não há definições nesse sentido por enquanto. (AutoIndústria/Alzira Rodrigues)