Brasil lança rede de Inteligência Artificial aplicada ao setor automotivo

O Petróleo

 

O governo brasileiro anunciou o lançamento de uma rede nacional de inovação com foco em inteligência artificial (IA) com o objetivo de aumentar a capacidade produtiva e a competitividade das empresas locais.

 

Descrita como a maior do país, a rede é resultado da cooperação entre o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e a Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (EMBRAPII).

 

Um investimento de 70 milhões de reais (US $ 12 milhões) oriundos de incentivos governamentais irá para a rede MCTI / EMBRAPII nos próximos cinco anos, dos quais 20 milhões de reais (US $ 3,5 milhões) serão voltados para IA aplicada ao setor automotivo e setores do agronegócio. O modelo prevê contribuições iguais do setor privado, que podem dobrar o valor de projetos individuais.

 

O objetivo da rede é incentivar o uso de tecnologias avançadas em diversos setores produtivos, por meio da disponibilização de recursos não reembolsáveis, bem como do acesso a um ecossistema de inovação com competências tecnológicas complementares.

 

Uma rede de 17 centros de pesquisa com infraestrutura e profissionais qualificados em áreas como aprendizado de máquina, Internet das Coisas, Big Data, para apoiar a indústria a inovar também faz parte da iniciativa.

 

Parte dos recursos a serem fornecidos pela rede será usada para desenvolver as competências de IA dos centros de pesquisa e para fortalecer as capacidades nacionais de pesquisa, desenvolvimento e inovação no campo. Espera-se também que esses centros de pesquisa intensifiquem o intercâmbio internacional de conhecimento e a colaboração recíproca com as principais redes de IA do mundo, particularmente na Europa, Israel e América do Norte.

 

Projetos de pequenas empresas e startups, principalmente aquelas que atuam em projetos de alta tecnologia, também fazem parte do escopo da rede. Segundo a EMBRAPII, recursos não reembolsáveis ??e suporte técnico-científico serão oferecidos ao longo do ciclo de desenvolvimento dos projetos até que o produto ou serviço chegue ao mercado.

 

A Rede também terá como objetivo promover o desenvolvimento cooperativo de projetos entre diferentes organizações do setor privado. Essa cooperação pode ser realizada entre empresas pertencentes a uma mesma cadeia produtiva, para gerar novos produtos e processos que beneficiem todo o setor.

 

Também será promovida cooperação dentro da Rede entre startups e incumbentes que buscam inovar em um modelo de negócio particular que pode ser ainda incomum no Brasil. O trabalho colaborativo também pode ocorrer entre concorrentes, um modelo no qual eles compartilham custos e riscos do desenvolvimento de uma determinada tecnologia, mas então aplicam a tecnologia de acordo com suas próprias estratégias individuais. (O Petróleo/Jacson Gonçalves)