AutoIndústria
Com 250 equipamentos próprios, a InfraBrasil, que presta serviços de transporte de cargas para mineradoras, decidiu realizar seu primeiro contrato de locação de caminhões. A Marbor, que opera no ramo de terceirização de frotas corporativas, vai alugar 20 caminhões Mercedes-Benz Axor 4144 para a empresa atender uma demanda da Vale.
Christiano Kunzler, proprietário da InfraBrasil, diz que esse modelo de negócio deve crescer dentro da companhia, revelando já haver negociações para novos contratos do gênero. Essa tendência é confirmada pela própria Marbor, que projeta fechar este ano com uma taxa de crescimento de dois dígitos.
“Apesar da crise provocada pela pandemia da Covid-19 e da duração dela, nossos negócios vão evoluir em 2020, tanto em faturamento (de 30% a 35%), quanto em resultado, no Ebitda (de 45% a 50%)”, estima Helio Borenstein II, diretor financeiro do Grupo Marbor.
Ele destaca que os setores que mais demandaram projetos de terceirização de frotas durante a pandemia foram os de logística e agronegócios: “No caso de veículos leves, a locação para motoristas de aplicativos teve um impacto bastante negativo no início da crise, devido às restrições de circulação, mas atualmente já retomou praticamente o mesmo patamar de antes”.
Segundo a Marbor, os bons resultados esperados para este ano refletem não só um aumento do interesse por terceirização de frota, mas também a adoção de uma política rigorosa de redução de custos. “Conseguimos atravessar o pior momento da crise sem fazer demissões”, revela Borenstein.
Na sua avaliação, algumas mudanças provocadas pela pandemia vieram para ficar no setor de locação de frotas: “Os empresários e tomadores de decisão vão considerar a locação com outro viés, entendendo melhor os benefícios e vantagens da locação em relação à frota própria”.
Para atender a InfraBrasil, a empresa investiu R$ 12 milhões na compra dos caminhões Mercedes-Benz junto à concessionária De Nigris, uma das principais representantes da marca no País.
“Não esperávamos ter uma proposta tão competitiva quanto à da Marbor”, comenta Kunzler, da InfraBrasil, “Sempre adquirimos veículos próprios, mas essa proposta fez com que mudássemos o modelo. O entendimento do mercado de caminhões, a velocidade da sua equipe e a sinergia com a montadora e o distribuidor fizeram com que as coisas funcionassem. Não é simplesmente um banco aprovando um crédito para a compra de veículos. A locadora conhece esse mercado”, destaca o empresário. (AutoIndústria)