Contran adia em um ano a introdução obrigatória de equipamentos de segurança nos carros

O Estado de S. Paulo

 

Atendendo ao pedido das montadoras, o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) estendeu nesta quinta-feira, 22, em um ano o prazo da instalação obrigatória de equipamentos de segurança nos automóveis.

 

Entre os dispositivos da lista está o controle eletrônico de estabilidade, o ESC, responsável por dar estabilidade aos automóveis em curvas fechadas, desvios bruscos e pista escorregadia. O dispositivo, já obrigatório desde o início deste ano em novos modelos, teria de ser instalado em todos os carros produzidos ou importados no Brasil a partir de janeiro de 2022. Agora, ficou para janeiro de 2023.

 

Também foi adiada em um ano a introdução da proteção contra batidas laterais, que estava prevista para 2023 a todos os carros, além dos faróis de rodagem diurno, o aviso de não afivelamento de cintos de segurança, o indicador de direção lateral e o sinal de frenagem de emergência. Estes últimos estavam previstos para 2021.

 

Os veículos pesados também tiveram itens adiados por um ano, conforme informa nota do Ministério da Infraestrutura.

 

A Anfavea, entidade que representa as montadoras, justificou o pedido de mudança no cronograma ao impacto financeiro sofrido por causa da paralisação do mercado na pandemia. Também argumentou que as medidas de restrição comprometeram as atividades de engenharia e, como consequência, o cronograma de testes dos dispositivos. Segundo estimativas anunciadas pela associação, a adequação às normas de segurança exigem investimentos de R$ 2 bilhões das montadoras. (O Estado de S. Paulo/Eduardo Laguna)