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Ainda que com expressiva alta no setor automotivo (358,18%), as 20 cidades que formam a Região Metropolitana de Campinas (SP) fecharam agosto com o pior desempenho de exportação para o mês em 10 anos, segundo análise do Observatório PUC-Campinas.
Foram vendidos 305,85 milhões de dólares para o exterior em agosto deste ano, decréscimo de 28,27% em relação ao mesmo mês de 2019 (426,43 milhões de dólares).
A queda afetou também a participação da região nas exportações do estado de São Paulo, que ficou em 7,52% — segundo pior percentual em dez anos.
Economista do observatório, Paulo Oliveira explica que a pandemia do novo coronavírus (Sars-CoV-2) afetou em larga escala a exportação dos bens industriais. Como a RMC é uma das regiões mais industrializadas do estado, a participação dela no total exportado em São Paulo regrediu.
Oliveira pontua que outras regiões industrializadas também sofreram a queda nas exportações, assim como a RMC. Em contrapartida, segmentos como o de agronegócio tiveram menor impacto.
Setor automobilístico
A análise aponta que houve aumento expressivo, e pelo segundo mês consecutivo, da exportação no setor automotivo da RMC. Oliveira explica que o crescimento ocorreu principalmente para reposição de estoques e renovação da frota de países do Mercosul.
Além dos automóveis, a região fechou agosto deste ano resultados positivos em relação ao mesmo mês de 2018 em medicamentos (30,8%), algodão (154,9%), automóveis (358,1%), carnes preparadas ou conservadas (7,2%) e açúcar (9,61%).
A queda nas exportações só não foi maior por conta desses segmentos, segundo a análise da PUC. Já os setores de agroquímicos (-16,2%), pneus (-18,6%), peças para motores de ignição por combustão interna (-30,7%), peças e acessórios para veículos (-49,3%) e polímeros (-58,9%) apresentaram os piores desempenhos.
A região importou 1047,24 milhões de dólares, o que gerou desequilíbrio de -741,39 milhões de dólares na balança comercial em agosto. (Portal G1 Campinas e Região)