Folha de Pernambuco
O pneu é uma das principais peças do automóvel, mas muitas vezes é esquecido na hora de fazer a manutenção. Se o pneu não estiver funcionando perfeitamente, diversos sistemas do veículo podem descompensar, como os freios, amortecedores e até mesmo o consumo da gasolina. Além disso, se o carro estiver em movimento e acontecer qualquer problema com o pneu, a chance de um acidente grave é alta. Por isso, é preciso tomar todos os cuidados possíveis com este equipamento.
De acordo com Marcelo Farias, especialista em mecânica automotiva do Senai Pernambuco, é preciso ter a consciência de que também se faz manutenção no pneu. “Uma das formas de manutenção é a calibração. Deve-se calibrar o pneu semanalmente e com eles frios, ou seja, assim que sair de casa, parar no posto mais perto para enchê-los”, explica Marcelo Farias. “Se você calibrar com ele quente, pode ser que dê uma medida falsa. Por exemplo: estar aparecendo que a calibragem está em 34, mas na verdade está com 32. Isso acontece por causa do ar quente”, completa.
Marcelo também explica que não existe uma calibragem universal. Geralmente, a informação sobre a melhor calibragem está no manual do carro, na tampa de combustível ou na coluna da porta do motorista.
A outra forma de manutenção preventiva é a realização do balanceamento e alinhamento a cada semestre. O carro pode ficar desalinhado por diversos motivos – como buracos e freadas bruscas – e quando isso acontece, afeta diretamente os pneus, fazendo com que o desgaste se acentue. Ao realizar o balanceamento e o alinhamento, a degradação é atenuada.
Marcelo Farias também explica que os pneus dianteiros tem um desgaste maior do que os traseiros. Isso acontece devido à tração, ao peso do motor que incide diretamente nos pneus da frente e à mudança constante de ângulo para direcionar o automóvel. Por isso, é recomendado fazer o revezamento dos pneus a cada 10 mil quilômetros rodados para equilibrar o desgaste. (Folha de Pernambuco/Arthur Rios)