AutoIndústria
Com alta de 6,4% nas vendas de automóveis e comerciais leves em agosto sobre julho e expansão de 15% na média da venda diária no mesmo comparativo, o mercado brasileiro de veículos começa a se ajustar ao novo normal.
Essa é a avaliação do presidente da Fenabrave, Alarico Assumpção Jr., que cita a manutenção da taxa Selic em níveis baixos e também a maior facilidade para obtenção de crédito como fatores que beneficiaram o resultado positivo do mês passado. Além disso, destaca que a pandemia tem estimulado a compra de carros para o transporte individual, uma saída para fugir da aglomeração do transporte coletivo e mesmo do compartilhado.
“Mesmo com dois dias úteis a menos em agosto (21 dias) com relação a julho (23 dias), os emplacamentos tiveram alta, o que demonstra que o mercado vem retomando patamares mais altos de volume e se ajustando a novo normal”, avalia o presidente da Fenabrave.
Em agora foram emplacados 173.544 automóveis e comerciais leves, alta de 6,42% em relação a julho (163.075). 7.586 para 8.734. Na comparação com agosto de 2019 (230.693 licenciamentos), no entanto, o mercado de leves registra decréscimo de 24,8%. E no acumulado de janeiro a agosto, com 1.099.862 licenciamentos, a retração é de 35,75% sobre o mesmo período de 2019 (1.711.739).
Com o resultado, o mês de agosto ocupa a 14ª posição do ranking histórico (entre todos os meses de agosto, desde o início da série histórica, em 1957) e o acumulado dos oito primeiros meses está na 16ª colocação. “Já estivemos em pior colocação, o que demonstra que, aos poucos, o mercado está se recuperando”, comemora Assumpção Júnior.
Com relação ao crédito, Assumpção Júnior lembra que o índice de aprovação cadastral atualmente é de quase 7 para cada 10 avaliações enviadas aos bancos pelos interessados na aquisição de automóvel ou comercial leves, o que favorece a alta das vendas.
Apesar de o mercado vir num crescendo desde maio – o fundo do poço foi em abril, com apenas 55,7 mil emplacamentos -, a Fenabrave ainda não revisou as projeções feitas para o ano no início da pandemia. A entidade mantém a perspectiva de uma queda de 37,1% nas vendas de veículos leves em comparação com 2019, projetando venda no ano de 1,67 milhão de unidades. (AutoIndústria)