Anfavea: poder público não cumpriu sua parte no Proconve

AutoIndústria

 

Apesar do ofício enviado pelo MPF, Ministério Público Federal, ao Ministério do Meio Ambiente solicitando garantias do governo para que seja mantido o cronograma da nova fase do Proconve, Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores, a Anfavea insistirá na necessidade de prorrogação das datas por 2 a 3 anos para a que as montadoras possam cumprir as novas normas.

 

Além de expor ao Conama, Conselho Nacional do Meio Ambiente, todos os argumentos que divulgou na sexta-feira, 7, quando explicou que a Covid-19 inviabiliza manter os atuais cronogramas, a associação das montadoras vai lembrar que as empresas cumpriram todas as suas metas à risca desde os anos 80, quando o programa foi criado, o que já não ocorreu com poder público em todas as esferas.

 

Dentre os compromissos não cumpridos pelo poder público, a Anfavea destaca a inspeção veicular e a renovação da frota  que nunca saíram do papel, “o que anula boa parte dos esforços e investimentos de controle feitos pela indústria”.

 

O Proconve envolve veículos leves (L7) e caminhões e ônibus (P8), com metas atuais que estavam programadas para entrar em vigor em 2022. Qualquer adiamento das próximas etapas do programa depende de aprovação do Conoma, que é presidido pelo ministro do Meio Ambiente.

 

Os investimentos necessários para o cumprimento das próximas fases do Proconve chegam a R$ 12 bilhões, conforme números divulgados pela Anfavea na semana passada. A entidade argumenta que além de problemas de caixa decorrentes da crise causada pela Covid-19, as montadoras tiveram de paralisar testes e desenvolvimento de projetos por causa das medidas de isolamento social impostas pela pandemia. (AutoIndústria)